A arte como eixo vital das cidades inteligentes e criativas. Por Valério Gomes

No Dia Mundial da Arte, Valério Gomes destaca como a arte vai além da estética e se torna um pilar para cidades mais humanas, criativas e conectadas com as pessoas.

Valério Gomes escreve sobre a arte como elemento central das cidades inteligentes

Neste dia 15 de abril, celebramos o Dia Mundial da Arte. A data, criada em homenagem ao nascimento de Leonardo da Vinci, nos convida a refletir sobre o papel da arte como força transformadora da sociedade — e, especialmente, sobre sua importância nos projetos de cidades inteligentes e criativas.


Quando pensamos em cidades do futuro, costumamos associar esse conceito à tecnologia, à sustentabilidade e à mobilidade urbana. Mas uma cidade verdadeiramente inteligente, uma cidade para as pessoas não se limita a infraestrutura e conectividade: ela é, acima de tudo, um lugar onde as pessoas se sentem parte, inspiradas e conectadas com seu entorno. E a arte é um dos principais caminhos para isso.


Espaços urbanos que integram a arte em seu tecido cotidiano ampliam sua capacidade de gerar pertencimento, identidade e bem-estar coletivo. A arte ativa a cidade, promove encontros, provoca a imaginação e alimenta a criatividade — competência essencial em qualquer economia inovadora. Mais do que embelezar, ela dá sentido e alma aos espaços.


Esse é um dos pilares que norteiam o desenvolvimento da Cidade Pedra Branca e também projetos como o Passeio Primavera e Passeio Sapiens, ambos no norte da Ilha de Santa Catarina. Espaços pensados para ser um território vivo, onde arte, cultura e urbanismo dialogam o tempo todo. O Passeio Cultural Primavera, por exemplo, é uma das expressões mais fortes desse propósito. O projeto transforma o ambiente em galerias a céu aberto, promove apresentações de música e teatro, ativa a economia criativa e cria uma nova relação entre os moradores e a cidade.


Iniciativas como essa mostram que a arte não é um adorno, mas um eixo estruturante do urbanismo contemporâneo. Uma cidade que valoriza a arte valoriza as pessoas. E quando criamos lugares que despertam emoções, instigam o olhar e celebram a diversidade, estamos não só construindo cidades mais inteligentes — estamos construindo cidades mais humanas.


Valério Gomes é Conselheiro da Hurbana

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