Conflito com lojistas, em Criciúma, motivou publicidade para os que apoiam os animais

A revitalização da Praça Nereu Ramos, em Criciúma, gerou um novo conflito entre protetores de animais e alguns lojistas. No local, vivem cães comunitários que são castrados, vacinados e identificados com coleiras e plaquinhas. Eles permanecem na praça até serem adotados definitivamente.

Desde a reforma da praça, inaugurada em 1931, os animais passaram a ser malvistos por alguns, e reclamações começaram a surgir. A professora Rosane Machado de Andrade, que acompanha de perto os animais do local, afirmou ter ouvido relatos de que os cães estariam atacando pessoas. Contudo, ela estranhou as acusações, pois os animais estão acostumados com a vida nas ruas e com a presença das pessoas que frequentam a praça.

Rosane contou ainda que duas cachorrinhas recentemente abandonadas, que se integraram ao grupo por encontrarem alimento, abrigo e cuidados, desapareceram da praça. Elas foram encontradas em Cocal do Sul, a 11 quilômetros de Criciúma.

A professora, que também é suplente da Câmara Municipal, optou por uma abordagem diferente ao lidar com as críticas de lojistas que alegam que os cães estão espantando a clientela. Em vez de criar uma “lista negra”, Rosane decidiu virar o jogo:

“Muitas lojas tiveram aumento de frequência devido aos cães, por serem simpáticas à causa animal. (…) Eu cheguei a pensar em fazer uma listinha do mal, mas não vou me perder nisso. Vou fazer uma listinha do bem.”

Rosane criou uma lista com os estabelecimentos que apoiam a causa animal e que ajudam quando necessário. Ela destaca que a rede de apoiadores inclui salões de beleza, academias, lojas de brinquedos, eletroeletrônicos, roupas, calçados e lanchonetes.

“Eu faço propaganda para que comprem nesta rede do bem.”

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