Ok, o título foi feito para te trazer até aqui. Esse tema já rendeu muitas discussões, e quem acompanha essa coluna sabe bem o que penso: onde há engajamento, pode haver voto; onde não há, certamente não existe o “voto que vem das redes”.
Curtimos o que gostamos, o que prende nossa atenção. E, no final, votamos da mesma maneira: no que nos conquista e captura. Mas, vamos sair da teoria e olhar para os candidatos a vereador de Florianópolis em 2024 que mais engajaram nas redes durante a campanha.
Quando comparamos os 10 vereadores com maior engajamento digital com os 10 mais votados da cidade, o resultado é intrigante: sete dos dez com melhor engajamento também estão entre os mais votados. “E os outros três?”, você pode perguntar. Bom, Dinho ocupou a 19ª posição em engajamento, Katumi foi o 16º, e Mamá apareceu em 25º lugar.
Engajamento digital importa? Mais do que nunca. As eleições deste ano premiaram aqueles que se organizaram cedo no digital e construíram relações sólidas com os eleitores. Isso ficou claro ao observarmos uma longa lista de candidatos com campanhas digitais boas que, por muito pouco, não chegaram à Câmara ou não conseguiram cadeiras para seus partidos. Mônica Duarte, por exemplo, foi a 14ª em engajamento, enquanto Juca Martins também estaria em 15º. Nomes como Bia Vargas, Rafael Ary, Bruno Becker, Thiago Chaves, Mandata Bem Viver e Professor Cadu também figuram nessa lista.
Mesmo os candidatos mais tradicionais não fugiram da importância das redes. Jeferson Backer, Bezerra e Adrianinho, todos com atuações mais consolidadas, tiveram engajamento superior a 16 mil interações durante a campanha. Isso demonstra que, em 2024, até os políticos com mais experiência no “corpo a corpo” entenderam o valor do digital.
Agora, uma curiosidade: o gráfico de evolução de engajamento revela um crescimento abrupto de João Padilha na reta final da campanha. Mas antes que você se impressione, lembre-se: no dia 24 de setembro, ele contou com a presença de Nikolas Ferreira e Ana Campagnolo em suas redes, dois ícones da direita, o que impulsionou seu desempenho digital.
Definitivamente, o digital deixou de ser uma opção. Dos eleitos, apenas um vereador fez uma campanha fraca na internet: Renato da Farmácia, do PSDB, que não ultrapassou a marca de 2 mil engajamentos.