”Não era nada até ontem, era uma professora”, dispara Jorge Seif ao chamar Ana Campagnolo de ingrata

Toda a briga no PL catarinense, após a deputada estadual Ana Campagnolo ter dito o óbvio sobre a possível candidatura do vereador Carlos Bolsonaro em Santa Catarina, me faz lembrar uma frase usada pelo ex-senador Dário Berger (PSDB) quando disputou a primeira eleição para prefeito de Florianópolis, em 2004: “Sou igual a bolo: quanto mais eles batem, mais eu cresço”, dizia, enquanto era criticado por adversários.

”Não era nada até ontem, era uma professora”, dispara Jorge Seif ao chamar Ana Campagnolo de ingrata

Da mesma forma, quem mais cresce com o empurra-empurra de críticas sobre lealdade e gratidão entre os bolsonaristas, neste momento, é Ana Campagnolo.

Agora, foi a vez de Jorge Seif disparar artilharia contra a parlamentar. O senador, também vindo do Rio de Janeiro para Santa Catarina, usou a tribuna para chamar de ingratos e traidores aqueles que não apoiam Carlos Bolsonaro no Estado.

Ignorando completamente que Santa Catarina é a terra da professora, jornalista e primeira deputada negra do Brasil, Antonieta de Barros, e desmerecendo os milhares de professores do Estado, ele ainda disparou contra Ana Campagnolo: “Não era nada até ontem, era professora, e agora está se achando líder da direita em Santa Catarina, falando mal do filho do presidente Bolsonaro”, disse.

Entre bate-bocas e acusações, os bolsonaristas estão prestando um bom serviço a Santa Catarina. Por linhas tortas, estão “desbolsonarizando” o estado, com discussões que dividem não só opiniões, mas a própria direita. Pelo visto, existe direita sem Bolsonaro por aqui.

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