Pedro Barros fala sobre polêmica que envolve o skate às vésperas das Olimpíadas de Paris

O medalhista olímpico Pedro Barros saiu em defesa da Confederação Brasileira de Skate, entidade que vem representando a modalidade no país há mais de 20 anos e que foi desfiliada pela federação internacional de skate.

“Vou fazer tudo que posso para ir às Olimpíadas de Paris ao lado da CBSk”, disse Pedro. Ele não reconhece a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação (CBHP) como representante do skate na disputa olímpica em Paris, que vão de 16 de julho a 11 de agosto de 2024.

“O skate, que sempre foi uma modalidade negligenciada e marginalizada no Brasil desde os seus primeiros dias, teve crescimento e representação com a CBSK. Foram muitos anos de batalha para conseguir novas pistas, oportunidades e o direito de andar de skate. Desde a criação da CBSK, o skate teve conquistas expressivas e não foi nada fácil”, falou o florianopolitano em nota oficial.

Ele criticou, por exemplo, a falta de consulta aos atletas. “Explicando para as pessoas de fora, vou exemplificar: imaginem que a comunidade do basquete recebe um comunicado de que não será mais representada pela CBB (Confederação Brasileira de Basquete), mas sim pela CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), pois é um esporte de bola, rede e se joga com as mãos. Nem o basquete e nem o vôlei são apenas isso. Existe uma cultura ligada a essas duas modalidades, e não seria justo com a comunidade do basquete, ou com a comunidade do vôlei, tratá-las da mesma maneira”, relatou.

“Do mesmo jeito que não é justo fazer isso com o skate, ou qualquer outra modalidade que se sinta invadida ou não representada. No meu ponto de vista, a forma como isso tudo vem sendo conduzido é extremamente confuso, falta diálogo e não me parece nem razoável e nem democrático”, completou Pedro, principal skatista do país.

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