Jaraguá do Sul é oficialmente a Capital Nacional dos Atiradores. O Congresso promulgou na sexta-feira (01) a lei que confere esse título ao município e, nesta segunda-feira (04), a norma foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e já está em vigor.
O projeto que originou a lei foi apresentado na Câmara dos Deputados em 2018 pelo ex-deputado federal catarinense, Rogério Peninha Mendonça. Em 2019 foi aprovado na Câmara e seguiu para o Senado, onde também foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura, com a relatoria do então senador, Dário Berger.
Depois de quase cinco anos, o projeto foi incluído na pauta do Plenário do Senado a pedido do senador Esperidião Amin, e aprovado no dia 08 de outubro. Após essa data, o presidente Lula tinha 15 dias para sancionar o texto, mas decidiu não fazê-lo. De acordo com a Constituição, neste caso, após a data limite, o presidente do Congresso Nacional é quem deve promulgar a norma em até 48 horas. Assim, a lei é “sancionada tacitamente”. Foi o que aconteceu.
CULTURA GERMÂNICA E TRADIÇÃO DO TIRO ESPORTIVO
A cidade de Jaraguá do Sul tem cultura e tradições germânicas que permeiam a prática do tiro na região. Um dos eventos mais tradicionais no município é a Schützenfest, autodenominada “a maior festa dos atiradores do Brasil”, que já está em sua 34ª edição. O evento será realizado este ano entre os dias 7 e 17 de novembro e deve atrair visitantes e atiradores de todo o país.
A decisão de reconhecer Jaraguá do Sul com o título de Capital Nacional dos Atiradores não apenas valoriza a tradição local, mas também pode impulsionar o turismo e a economia da cidade, acredita o autor da lei.
Ao apresentar a proposta, Peninha ressaltou a tradição da prática do tiro esportivo na cidade, influenciada pela chegada de imigrantes alemães na segunda metade do século 19.
“Esse título, além de garantir visibilidade nacional ao município de Jaraguá do Sul, pretende levar ao conhecimento de todos a importância de se preservar as raízes germânicas, que também se fazem presentes no mosaico cultural da diversidade brasileira, além de divulgar o tiro esportivo como um esporte divertido, seguro e inclusivo”, destacou Peninha.