Acertado em fevereiro, está em risco o apoio do PSB à pré-candidatura do deputado estadual Marquito (PSOL) à prefeitura de Florianópolis. Alinhada em níveis municipal e estadual, a composição tem uma restrição do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira: ele quer contrapartida do PSOL em Curitiba.
O presidente estadual do PSB, Israel Rocha confirma a informação.
Uma resolução nacional do partido diz que os acordos nas capitais tem que ser avaliados pela direção nacional. Temos dez dias para responder a comunicação do partido. O Siqueira está cobrando uma resposta do PSOL para que pelo menos haja uma reciprocidade em Curitiba – afirma o dirigente estadual.
Em Santa Catarina, PSOL e PSB estão alinhados e com o bloco na rua. Os pessebistas lançaram o enfermeiro Gelson Albuquerque como pré-candidato a vice-prefeito. Também estão juntos em Joinville, onde o PSOL apoia a pré-candidatura a prefeito de Rodrigo Bornholdt (PSB).
O nó curitibano, no entanto, não é fácil de ser desatado. A esquerda da capital curitibana tem resistências à pré-candidatura do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB). No final de maio, por pressão da direção nacional, o PT anunciou apoio ao nome do PSB, adversário em outras disputas locais – e um dos deputados que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O PSOL de Curitiba mantém a pré-candidatura da professora Andrea Caldas e tem feito, através de suas lideranças, forte resistência a qualquer composição com Luciano Ducci.
Se não houver a troca de figurinhas entre os partidos em Curitiba e Florianópolis, o apoio do PSB volta para a mesa de negociações na disputa na capital catarinense. Antes de acertar com Marquito, o partido foi convidado pelo PT do ex-vereador Lela Farias e pelo PSDB do ex-prefeito e ex-senador Dário Berger, que disputou a reeleição ao Senado em 2022 pelo PSB.
Foto: Carlos Siqueira, em Brasília, quer apoio do PSOL ao PSB em Curitiba para confirmar apoio do partido a Marquito (PSOL) em Florianópolis.
Crédito: Sergio Dutti, PSB.