Apesar do atraso no prazo estipulado inicialmente, o Plano Carmen continua de pé. A afirmação é da própria secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto (Cidadania), que afirma, ainda, que gargalos e despesas mapeados nestes seis meses de governo dificultam a concretização do prazo estipulado pelo governador Jorginho Mello (PL) de seis meses para zerar as cerca de 105 mil cirurgias eletivas herdadas da gestão do ex-governador Carlos Moisés (Republicanos). o mutirão de cirurgias – mas que uma força tarefa está sendo feita para que todos os pacientes que aguardam na fila sejam atendidos.
Os dados mais recentes da secretaria apontam que mais de 44 mil pessoas já foram operadas no Estado – o número representa 42% dos 105.340 mil que começaram o ano na fila. Em entrevista ao quadro Plenário, da rádio Som Maior na segunda-feira, Carmen enfatizou a importância do avanço alcançado e da parceria junto aos municípios para atender a população mapeada.
– Isso é importante pois mostra o esforço dos secretários municipais, dos hospitais e da Secretaria de Estado da Saúde. No câncer, não temos mais filas. O que se tem é pacientes que estão chegando e também os pacientes de reconstrução de mama que estamos aguardando a portaria do Ministério da Saúde autorizando o serviço.
Segundo a secretária, a fila oncológica foi zerada – à exceção daqueles pacientes que entraram depois de janeiro deste ano. Na cardiologia, no entanto, novos fatores foram descobertos. Os municípios com maior densidade populacional estariam acumulando pacientes, que serão remanejados para outras regiões com menos filas. Para isso, ela reforça a importância de uma data-limite como a estipulada pelo governador para nortear os trabalhos.
– Se não tem uma determinação de prazo, as coisas poderiam acontecer como estavam, naturalizando a espera dos pacientes na fila. Não pode ser naturalizada. Definindo que se precisa avançar, é definir prioridades para uma ação de governo.
Na entrevista, Carmen também criticou a gestão da saúde no governo Moisés. Segundo ela, recursos federais foram perdidos porque o Estado teria ficado “descuidado” diante do volume de recursos repassados pelo governo federal, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.
– O Estado deixou de receber. Santa Catarina, hoje, é o Estado que menos recebe proporcionalmente do Ministério da Saúde e não é por culpa do ministério ou da bancada catarinense. É porque nos últimos 4 anos, o Estado não foi a Brasília apresentar seus dados, nós nos descuidamos, mas tudo isso temos muita força de vontade de trabalho.
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Carmen Zanotto. Foto: Secom-SC. Divulgação.