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16 de maio de 2024

Praia de Florianópolis vira problema de segurança pública

Moradores do leste da Ilha de Santa Catarina, frequentadores da Galheta e representantes das forças de segurança participaram, nesta quinta-feira (11), de uma audiência na Câmara de Florianópolis para discutir a segurança na praia.

Nos últimos tempos a situação vem se tornando insustentável, com casos assédio, violência e tráfico de drogas. Segundo a Polícia Militar, nove ocorrências foram registradas desde janeiro, inclusive um estupro na trilha e agressões a dois guarda-vidas do Corpo de Bombeiros Militar, que se sentem ameaçados em trabalhar no local.

“Hoje a insegurança é total”, afirma o presidente do Conselho Comunitário da Barra da Lagoa, Gilson Bittencourt.

O impasse que envolve a Galheta passa também pela prática do naturismo no local, que é proibida desde 2016 com a aprovação de uma lei municipal. Muitos frequentadores, no entanto, continuam considerando o local como reduto.

“Queremos o fim da violência contra os naturistas”, afirmou a presidente da Associação Amigos da Praia da Galheta (Agal), Miriam Alles, que defendeu a volta da regulamentação sobre o naturismo.

Para o promotor de Justiça do MPSC, Jádel da Silva, a Câmara de Vereadores “tem papel importante na pacificação” em torno do tema. Ele também falou sobre a necessidade de mudança da legislação caso haja entendimento de que a praia tenha que voltar a ser de naturismo. “Para que exista o naturismo, é necessário uma lei específica regulando essa prática. Sem isso, entra em conflito a própria prática do naturismo. Essas situações geram todos esses casos de violência, de milícia, e mais, que ocorrem na Galheta”, disse.

O presidente do Legislativo, João Cobalchini (MDB), também participou da audiência pública: “Infelizmente, nos últimos anos, a praia vem sendo alvo de pessoas mal intencionadas, que praticam muitos crimes e não podemos permitir que isso aconteça. Agora, iremos sintetizar tudo o que foi falado aqui e encaminhar ao prefeito e aos órgãos de segurança do Estado e do município para que tomem providências e combatam o mais rápido possível esse tipo de prática”.
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Problemas na praia da Galheta vem se agravando nos últimos meses. Foto: Pedro Perez, divulgação, PMF

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