Continuam em andamento as articulações e negociações para que o catarinense Décio Lima (PT), segundo colocado na disputa pelo governo do Estado em 2022, assuma a presidência do Sebrae nacional. Dia 8 de março, foi cancelada a reunião extraordinária do conselho da entidade marcada com o objetivo de destituir o atual presidente, Carlos Melles, reconduzido para um mandato de quatro anos em novembro do ano passado, no final do governo Jair Bolsonaro (PL).
Décio Lima é o candidato do presidente Lula (PT) para comandar a entidade que tem um orçamento de R$ 5 bilhões. Para isso, no entanto, é necessário conseguir 11 dos 15 votos do conselho do Sebrae. O governo federal indica cinco cadeiras e teria apoio de mais três conselheiros. A audiência extraordinária de semana passada foi cancelada porque os governistas não tinham alcançado os 11 votos para destituir os três nomes da atual diretoria.
Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, desta terça-feira, está em andamento uma costura para um acordo entre o governo Lula e o conselho do Sebrae. A ideia lançada por um grupo de conselheiros é garantir que seja realizada apenas a troca do diretor-presidente, com Décio Lima assumindo vaga de Carlos Melles, mas preservando as demais diretorias. Pelo acordo, Carlos Melles seria encaixado em outra posição na entidade.
Assim, o PT poderia ter os votos que faltam para comandar o Sebrae. E Décio Lima assumiria um cargo que não é ministério, mas tem mais peso que boa parte da esplanada.
Sobre a foto em destaque:
Décio Lima na espera. Foto: Denner Ovidio, Divulgação.