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27 de julho de 2024

Governo recebeu Ampesc no dia em que apresentou Faculdade Gratuita à Acafe; alunos pressionam na Alesc

Na mesma segunda-feira em que os reitores das universidades comunitária do sistema Acafe foram recebidos pelo secretário da Educação, Aristides Cimadon, para conhecerem os detalhes do projeto Universidade Gratuita, os secretários que compõem o núcleo duro do governo Jorginho Mello (PL) se encontrou com os representantes da Ampesc, que reúne as faculdades privadas. A ideia para encontrar uma solução para que esse grupo diminua a pressão sobre os deputados estaduais durante a tramitação da proposta na campanha eleitoral.

Os representantes da Ampesc foram recebidos pelo secretários Cleverson Siewert (Fazenda), Estener Soratto (Casa Civil), Moisés Diersmann (Administração) e o procurador-geral do Estado, Márcio Vicari. Também estavam presentes os secretários adjuntos da Fazenda, Augusto Piazza, e da Infraestrutura, Ricardo Grando. O tom da conversa dos governistas era encontrar a equação financeira que acalmasse os ânimos das faculdades privadas que não se enquadram no conceito de comunitárias – sem fins lucrativos e criadas por leis municipais aprovadas até 1988.

A Ampesc manteve as resistências ao projeto, principal promessa de campanha do governador Jorginho Mello. A entidade defende que o programa seja disponibilizando para estudantes de todo o ensino privado catarinense, sem distinção, e que os recursos sejam destinados aos bolsistas, não para as instituições de ensino. A alegação é de que o sistema Acafe atende hoje apenas 30% dos alunos catarinenses e que a injeção de recursos públicos do Estado nas comunitárias vai criar concorrência desleal para o setor.

O governo estadual pretende criar compensações como aumento de gastos com bolsas e até de financiamentos para compensar as universidades que não são vinculadas à Acafe. Até agora, as conversas avançaram pouco. Nesta quarta-feira, a Assembleia Legislativa recebeu a manifestação de estudantes de instituições ligadas à Ampesc. Cerca de 150 alunos levaram cartazes com o mote “faculdade gratuita para quem precisa”.

Os estudantes foram recebidos em diversos gabinetes parlamentares, entre eles o do deputado estadual Napoleão Bernardes, que preside o Fórum Parlamentar em Defesa das Universidades Comunitárias, criado em março. Os estudantes entregaram um manifesto em que questionam o direcionamento do programa Faculdade Gratuita às instituições da Acafe e também os critérios de renda familiar estabelecidos na proposta – 20 salários mínimos (R$ 26 mil) para o curso de Medicina, 10 salários (R$ 13 mil) para os demais.


Sobre a foto em destaque:

Napoleão Bernardes e os alunos das universidades ligadas à Ampesc na Assembleia Legislativa. Foto: Divulgação.

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