Marcilei Vignatti: “Governo Lula ainda não olhou para as lideranças de SC”

Com as indefinições e vagas em aberto nos cargos federais em Santa Catarina, a análise da recém eleita presidente da União dos Vereadores de Santa Catarina Marcilei Vignatti (PSB) é de que falta, ao governo federal, um olhar atencioso para as lideranças catarinenses que apoiaram a eleição do presidente Lula (PT). Em entrevista ao quadro Plenário, da rádio Som Maior nessa sexta-feira, a parlamentar afirmou que a articulação em Santa Catarina faz oportuna a ampliação dos espaços de esquerda no Estado, apesar do voto maciço no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

– O governo Lula não olhou ainda para as lideranças em Santa Catarina. Não chamou, não olhou. Houve pequenas articulações, mas deveria ser olhado com maior seriedade para o quadro de lideranças daqui. A votação do Lula no Estado foi importante, e o presidente sabe, por exemplo, que é um Estado que precisa haver apostas. É um Estado que votou muito no Bolsonaro, que deveria se preocupar com a ampliação de seus espaços aqui. Temos grandes lideranças que puxaram a frente da campanha, mas não só por isso, mas que principalmente temos quadros que podem contribuir com o governo.

Como exemplo destas lideranças, Marcilei cita o marido Cláudio Vignatti, presidente do PSB em Santa Catarina, e Dário Berger, terceiro colocado na disputa pelo Senado nas majoritárias do ano passado.

– Por exemplo, o Vignatti, que vocês conhecem e sabem da trajetória. Observar que é alguém que coordenou orçamento a nível de Brasil, na questão da micro e pequenas empresas. É um grande articulador que poderia contribuir com o governo no Estado. Também tem isso com o senador Dário Berger, e até uma questão insipiente com o próprio Partido dos Trabalhadores. O PSB tem que ser respeitado aqui no Estado. Foi entregue uma lista de lideranças dispostas e estamos aguardando.

Marcilei, que agora comanda a União dos Vereadores de Santa Catarina, diz querer ampliar a participação dos Legislativos municipais em discussões sobre pautas referentes “à realidade das pessoas”. Para isso, avalia que é necessário ampliar o número de Câmaras participantes na Uvesc – que atualmente conta com 80 municípios.

– Nós temos um gigante adormecido que se chama UVESC. Quando falo do gigante adormecido, falo da representatividade. Não é aceitável que uma entidade como esta, que pode se tornar uma federação, esteja com um número tão reduzido de filiados. Eu tenho proposta pra construir que passam pelo fortalecimento das associações regionais. Temos associações gigantes nas regiões que tem que ir ao centro dos debates da Uvesc, para o centro das decisões. Criaremos imediatamente um fórum de trabalho com os 295 presidentes de Câmaras do nosso Estado pois isso pode nos ajudar no processo de entrada em todas as regiões.

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