Depois de uma forte disputa de bastidores, a deputada federal catarinense Caroline de Toni (PL) foi confirmada na noite de quarta-feira como presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. É apenas a segunda vez que um parlamentar de Santa Catarina assume o posto – o primeiro foi Décio Lima (PT) em 2013.
Em meu comentário na Jovem Pan Joinville, ressaltei a importância estratégica do cargo para Santa Catarina.
- É bom ter um catarinense sentado naquela cadeira, porque todos os projetos passam pela CCJ, onde é analisada a constitucionalidade, a legalidade e às vezes até um pouco do mérito. É um filtro importante e também um lugar onde se pode avançar mais rapidamente uma proposta.
Lembrei também que a reação governista à escolha de Caroline de Toni ignora que o nome da catarinense já havia sido colocado em 2023 no acordo de divisão do comando da CCJ durante os dois anos de mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
- Quando Arthur Lira se elegeu presidente da Câmara, fez um acordo de que as duas maiores bancadas, PL e PT, iam se revezar no comando da CCJ. No primeiro ano o PT, e Rui Falcão, deputado de São Paulo, comandou a CCJ no primeiro ano. Foi muito importante para o governo Lula ter Rui Falcão ali controlando essa agenda da CCJ no primeiro ano de governo. Agora, na hora de cumprir a sua parte no acordo, governistas e outros partidos apontaram que Carol de Toni seria muito oposicionista para a função. O PL bateu o pé e o acordo foi mantido. Carol de Toni prometeu que vai seguir o regimento da Câmara e a Constituição Federal, mas não vai deixar de ser oposição. Vamos ver como vai funcionar na prática.
Além desse tema, também comentei a repercussão da ironia que o pré-candidato a prefeito de Joinville, Sargento Lima, dirigiu à Associação Empresarial de Joinville (Acij), que categorizou como “sede do Novo”, referência ao partido do prefeito Adriano Silva.
Veja a íntegra do comentário na Jovem Pan Joinville: