Por Marcelo Passamai
O dinamismo da comunicação em todo o mundo acabou trazendo ao jornalismo atual a necessidade de ter uma velocidade instantânea na divulgação dos fatos o que, na maioria das vezes, trazem inúmeras dificuldades na averiguação daquilo que é efetivamente verídico, o que gera um número cada vez maior de desinformação, ao contrário do esperado.
Nesse novo caldeirão, os veículos oficiais de comunicação tentam regular a internet e evitar cada vez mais a fuga de leitores e espectadores. Portais informativos, como este em que você está lendo agora este artigo, competem diretamente com grandes impérios da comunicação mundial, que tentam prolongar a sobrevida de negócios que já foram extremamente rendosos.
Quem perde é o jornalismo!
As equipes nas redações diminuíram e os profissionais restantes tiveram que se adaptar ao trabalho em múltiplas plataformas para atenderem a todos os seguimentos possíveis. O celular, através dos aplicativos de comunicação como o WhatsApp, se tornam os maiores difusores de informação.
Nesse contexto, como dar conta da apuração, da pesquisa, da comparação e averiguação de fatos?
O jornalista que antes literalmente “ia atrás da notícia”, hoje acaba tendo um trabalho maior, tendo que filtrar e averiguar o que recebe. Mas infelizmente isso não é uma regra. A busca pelos “cliques” e pelos “likes” acaba dando espaço ao erro.
Nos bastidores deste cenário, fortalece-se a função do Assessor de Comunicação Social (ou de Imprensa) a qual, atualmente, torna-se de extrema importância para que a informação institucional e oficial seja difundida através das diversas mídias ou pelos veículos próprios de comunicação e mídias sociais.
Empresas privadas e instituições públicas formam equipes cada vez maiores em suas “House Agencies” ou “Agências Internas”. Essas estruturas operam simulando uma agência de comunicação tradicional que, na prática, atuam em várias frentes e dão aos jornalistas pautas e dados que potencializam uma maior coleta e disseminação de informações.
Hoje, a Assessoria de Comunicação é algo que fortalece o papel do jornalismo e possibilita que a população fique a par de questões relevantes de forma segura, com informações cruzadas e analisadas da melhor maneira possível.
Escutar as duas partes é uma das regras básicas do bom jornalismo. E atualmente, pelo menos uma das partes, podendo ser as duas, será representada por uma Assessoria de Comunicação.
Por fim, o reconhecimento desta área do jornalismo é necessário. A atualização profissional deve ser constante em todas as profissões e no jornalismo não é diferente. A tecnologia tem que ser aliada na busca dos fatos, mas sem a comunicação institucional elaborada pelas Assessorias de Comunicação, a desinformação seria ainda maior, trazendo desvios nocivos à nossa sociedade.
Marcelo Passamai é jornalista e assessor de Comunicação Social da Polícia Militar de Santa Catarina.
