A Operação Presságio ganhou novos capítulos nesta sexta-feira. Agora, outros 19 nomes tiveram mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça de Santa Catarina e cumpridos pela Polícia Civil em 26 endereços. Confira os nomes:
- Ezequiel Luiz Costa de Lima;
- Carlos Eduardo Ramos de Camargo;
- Guilherme Dias Pires;
- Ricardo Andrade de Oliveira;
- Adriano de Souza Ribeiro;
- Adriano Roberto Weickert;
- Anderson Martins da Silveira;
- Carlos Eduardo Pereira Bonatelli;
- Daniel Rodrigues Ribeiro de Lima;
- Erick Klauss Assis Schmidt;
- Gabriel Antonio Euzebio;
- Guilherme Pereira de Paulo;
- Kely Mattos de Figueiredo;
- Leonardo Costa Schmitz;
- Leonardo Silvano;
- Renan Martins Pires;
- Ricardo Borges Bortoluzzi;
- Rodrigo Menezes Cassidori;
- Sandro Jose de Melo.
Defesas institucionais
Em nota a prefeitura de Florianópolis respondeu que: a operação, via Polícia Civil, segue recebendo apoio da Prefeitura, através da Controladoria-Geral, com auditoria em todos os processos que tenham passado por algum dos envolvidos.
Já a Câmara de Vereadores disse que de acordo com informações públicas a operação, trata-se de ação de um servidor da Câmara, porém, as ações não teriam nenhuma relação com a Câmara. O Legislativo está auxiliando em tudo o que está ao seu alcance e segue à disposição para colaborar no que for necessário.
O papel de cada um no esquema
Ezequiel Luiz Costa de Lima, servidor terceirizado que presta serviços na Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura de Florianópolis. Conhecido como “Zico”, Ezequiel é proprietário da empresa ELC Serviços e Eventos, registrada sob o CNPJ 34.409.708/0001-12.
De acordo com investigações realizadas pelo sistema Bússola, Ezequiel, supostamente, emitiu pelo menos 40 notas fiscais que totalizam aproximadamente R$ 100.000,00. A análise dos diálogos mantidos entre Ezequiel e um homem identificado como Renê revelou a suposta forma de desvio de dinheiro público através da contratação da empresa de Ezequiel para prestar serviços em eventos organizados pela Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte.
Conforme as investigações, Ezequiel era indicado para realizar o serviço de aluguel de tendas para eventos e, posteriormente, devolvia parte do dinheiro recebido a Renê, que repassava o valor a Edmilson Pereira. Além disso, Ezequiel passou a emitir mensalmente notas fiscais para a Associação Brasileira de Incentivo ao Esporte e Cultura de Santa Catarina (ABIESC) sob a descrição de “atividades de ensino”. Contudo, parte do valor retornava a Renê, caracterizando um claro desvio de dinheiro público para enriquecimento ilícito.
O relatório da operação contém diversas conversas que evidenciam o ajuste na emissão de notas fiscais e a posterior devolução do valor para Renê ou outras pessoas indicadas por ele. Em destaque, uma mensagem enviada por Renê a Ezequiel em 7 de agosto de 2023, deixa claro que a nota fiscal era fraudulenta. Na conversa, Renê questiona detalhes que um prestador de serviços legítimo saberia, indicando que o serviço não foi realmente prestado.
Carlos Eduardo Ramos de Camargo, conhecido como Carlos Camargo, é presidente da Federação Aquática de Santa Catarina (FASC) e da Associação dos Pais e Amigos dos Nadadores (ANADO).
Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, a investigação apontou que ele, supostamente, participava ativamente no desvio de dinheiro que deveria ser utilizado em projetos sociais.
A investigação revela que Camargo estaria desviando dinheiro público dos projetos realizados pela ANADO. Diversos comprovantes de transferências bancárias foram encaminhados por Carlos Camargo a Renê Raul Justino, que já está preso desde o dia 29 de maio, também pela Operação Presságio.
Guilherme Pereira de Paulo, mais conhecido como Gui Pereira (PSD) é vereador, está, supostamente, no epicentro do esquema de desvio de dinheiro público envolvendo a Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis. A investigação revela, supostamente, que Gui Pereira, atualmente vereador e ex-Secretário do Continente, utilizou sua posição para manipular recursos destinados a projetos sociais, enriquecendo-se ilicitamente.
Gui Pereira é descrito como “dono” de vários projetos sociais mantidos por associações que recebem recursos da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte. As investigações indicam que ele utilizava essas associações para desviar dinheiro público.
Mensagens trocadas entre os envolvidos no esquema sugerem que Gui Pereira alocava vagas em projetos sociais para empregar pessoas que trabalhariam em suas campanhas eleitorais, devolvendo parte dos valores recebidos para o próprio benefício e o de seus aliados políticos(pressagio).
Em diálogos interceptados, Gui Pereira e outros envolvidos discutiam abertamente sobre a manipulação de prestações de contas de projetos sociais que nunca ocorreram. Um exemplo disso é a “Copa Desterro”, cuja prestação de contas foi “maquiada” para justificar os recursos desviados(pressagio).
A análise das mensagens de texto e áudios extraídos dos celulares dos investigados apresenta fortes indícios da participação de Gui Pereira no esquema. No dia 04 de maio de 2023, por exemplo, Renê, um dos principais articuladores do esquema, menciona em um áudio a alocação de recursos para Gui Pereira, destacando que “metade dos projetos é eu, GUI e do ED e tá tudo certo”.
Em outra mensagem, datada de 10 de maio de 2023, Renê encaminha planilhas a Cleber, outro investigado, destacando em amarelo as “Vagas p/ Gui” e em vermelho as “Vagas pra Ed”. Essas vagas seriam utilizadas para empregar cabos eleitorais que, posteriormente, devolveriam parte dos valores recebidos aos políticos envolvidos.
No dia 22 de agosto de 2023, Gui Pereira enviou mensagens a Renê intercedendo em nome das associações FUCAS e ELASE. Em outra ocasião, Gui forneceu a senha de acesso ao Sistema Bússola para Ricardo Bortoluzzi, representante da Associação ABIESC, para manipular documentos nas prestações de contas.
Kely Mattos de Figueiredo era, supostamente, responsável por elaborar planos de trabalho e projetos que serviam como base para o desvio de recursos públicos. Ela participava da criação de documentos falsificados, ciente do esquema criminoso e colaborando ativamente para garantir que os fundos fossem desviados sem detecção.
Figueiredo também atuava na emissão de notas fiscais fraudulentas, ajudando a disfarçar as irregularidades financeiras. Sua participação foi essencial para manter a fachada de legitimidade dos projetos e assegurar o sucesso contínuo do esquema.
Defesa de Gui pereira e Kely Mattos
A defesa de Kely e Gui Pereira, Guilherme Momm Dal Pont, disse em nota que:
“O Vereador Guilherme Pereira de Paulo e Kelly Matos Figueiredo reafirmam seu compromisso com a transparência e integridade ao declarar que não possuem qualquer envolvimento em atividades ilícitas relacionadas à contratação de associações ou recebimento de vantagens indevidas.
Todas as ações empreendidas têm como único objetivo beneficiar a sociedade Florianopolitana. Estamos preparando uma defesa detalhada que será apresentada nos autos do processo, onde todos os fatos serão devidamente esclarecidos.
Reiteramos a disponibilidade para a imprensa e para a sociedade, estando prontos para responder a quaisquer dúvidas e prestar todos os esclarecimentos necessários. Por fim, agradecem a confiança e o apoio da população, os quais são fundamentais para continuarem trabalhando arduamente para garantir a ética e a transparência em todas as ações.”
Ricardo Andrade de Oliveira, conhecido como “Bocão”, está envolvido em um esquema de desvio de dinheiro público na Prefeitura de Florianópolis. Ricardo é proprietário da empresa Top Promoções e Eventos Ltda, que atua na organização de feiras e festas, aluguel de palcos e coberturas, e aluguel de máquinas.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Ricardo Andrade de Oliveira, junto com seus sócios, teria, supostamente, contratado artistas e organizado a infraestrutura para eventos municipais. No entanto, há indícios de que os serviços contratados e pagos pela Prefeitura não foram efetivamente prestados. As conversas revelam um forte envolvimento de Ricardo na manipulação de notas fiscais e na devolução de parte do dinheiro público desviado para Renê, um intermediário chave no esquema.
As conversas de Ricardo com Renê se estenderam de 15 de dezembro de 2023 até 11 de dezembro de 2023, totalizando 515 mensagens e 123 anexos trocados. Um exemplo é uma planilha enviada por Renê para Ricardo com a descrição dos custos do evento “Cultura Mané”, totalizando R$ 87.900,00.
Renan Martins Pires, segundo as investigações, era, supostamente, uma pessoa de confiança de Renê Raul Justino, trabalhando na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte e no Instituto Bem Possível.
Ele era responsável por providenciar a documentação para projetos sociais e pela organização de eventos e captação de recursos. Renan emitia notas fiscais fraudulentas e repassava seu salário oficial para Renê ou terceiros indicados, além de receber valores de associações como a Associação Cultural e Desportiva Tigres Catarinenses e a Associação dos Pais e Amigos dos Nadadores (ANADO).
Guilherme Dias Pires, é apontado na investigação pela Polícia Civil como Gerente de Pagamentos e Prestação de Contas da Secretaria da Fazenda de Florianópolis. No entanto, segundo a Prefeitura este não é o seu cargo, pois o mesmo seria funcionário terceirizado da Fundação Franklin Cascaes.
Em nota enviada ao upiara.net, a prefeitura informou que o citado não é ligado a secretaria da fazenda do município. Comunicou oficialmente o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e a Polícia Civil.
Independente do cargo ocupado, Pires é identificado como, supostamente, responsável por falsificar informações em documentos essenciais para a prestação de contas de projetos sociais. As fraudes incluíam a criação de projetos fictícios e a manipulação de documentos para justificar o recebimento indevido de recursos públicos.
Confira uma conversa entre Guilherme e Renê Raul Justino (que está preso há um mês):
A falsificação de documentos por Guilherme Pires foi um dos principais mecanismos para burlar o sistema de controle da Prefeitura de Florianópolis. Ele elaborava documentos fraudulentos que indicavam a realização de serviços e atividades que, na verdade, nunca foram prestados. Esses documentos eram utilizados para justificar a liberação de recursos e evitar a detecção das irregularidades pelos órgãos fiscalizadores.
Outra estratégia utilizada por Guilherme Dias Pires foi a criação de projetos fictícios. Esses projetos eram apresentados como iniciativas sociais e culturais legítimas, com detalhamento de custos e objetivos. No entanto, esses projetos não eram executados conforme descrito, e os recursos destinados a eles eram desviados para os envolvidos no esquema. Essa prática permitiu que grandes somas de dinheiro público fossem desviadas sem levantar suspeitas imediatas.
Adriano de Souza Ribeiro, segundo investigação policial, é supostamente uma peça fundamental no esquema, desempenhava um papel crucial na execução dos projetos fraudulentos. Ele era responsável por organizar e gerenciar eventos que serviam como fachada para o desvio de recursos públicos. Utilizando sua posição e influência, Adriano facilitava a criação de documentos falsificados e coordenava com outros membros da rede para garantir que os fundos destinados aos projetos fossem desviados de maneira eficaz e discreta.
Veja uma conversa entre Adriano e Renê Raul Justino, que fala sobre ser preso. Atualmente ele está preso.
Segundo a Polícia, Adriano foi exonerado do cargo que ocupava na Câmara de Vereadores de Florianópolis no mês de janeiro de 2023 e somente foi nomeado para o cargo em comissão na Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura, no mês de outubro do ano de 2023, logo, nesse período entre janeiro e outubro, não ocupava cargo público, todavia, trabalhava de maneira informal na secretaria municipal, de acordo com as conversas analisadas.
Além disso, Adriano mantinha uma comunicação constante com outros envolvidos, assegurando que todos os aspectos operacionais dos projetos fictícios fossem executados conforme planejado. Sua habilidade em manipular e ocultar transações financeiras era vital para o funcionamento do esquema, garantindo que as irregularidades passassem despercebidas pelas autoridades fiscalizadoras.
Adriano Roberto Weickert atuava, supostamente, como um intermediário chave no esquema de corrupção, lidando diretamente com a parte financeira das operações. Ele tinha a tarefa de emitir notas fiscais fraudulentas e garantir que os documentos apresentados às autoridades fossem suficientes para justificar os gastos fictícios. Sua expertise em contabilidade permitia que os desvios de fundos fossem disfarçados como despesas legítimas.
Em uma conversa registrada em 16 de dezembro de 2023, Adriano perguntou a Renê sobre R$4 mil que ele deveria receber dos projetos fraudulentos. Isso indica que ele estava ativamente envolvido no esquema, usando sua posição para se beneficiar dos recursos públicos desviados.
Weickert também colaborava estreitamente com outros membros da organização criminosa, fornecendo orientações sobre como acobertar as movimentações financeiras suspeitas. Ele estava frequentemente envolvido em discussões sobre a distribuição dos recursos desviados, desempenhando um papel central na manutenção da estrutura financeira do esquema.
A defesa de Adriano Roberto Weickert disse que o mesmo foi surpreendido com uma acusação grave na chamada Operação Presságio. Foi alvo de um mandado de busca e apreensão e prontamente entregou o aparelho celular, pois nada tem a esconder. E continua:
“Esclarece que não tem qualquer relação com os fatos apurados. Não atuava em nenhuma parte financeira de qualquer organização e não emitiu ou pediu para emitir qualquer nota fiscal. Sequer tem qualquer experiência, muito menos expertise, em contabilidade e nunca acobertou qualquer movimentação financeira. Está à disposição da Justiça para colaborar com esclarecimentos pois nunca participou de qualquer esquema de corrupção. O erro de que foi vítima pela equivocada imputação será brevemente esclarecido e das acusações, sem qualquer fundamento, será plenamente inocentado.
Essa situação descabida não abala a moral e o caráter integro que sempre manteve na vida pública e na vida privada”, diz a nota da defesa assinada por Alceu Pinto de Oliveira Júnior.
Anderson Martins da Silveira, é, supostamente, um dos líderes do esquema, utilizava sua posição para coordenar as ações de outros membros e assegurar que os projetos falsificados fossem apresentados de maneira convincente. Ele supervisionava a criação de propostas de projetos e a elaboração de relatórios falsos que justificavam a necessidade de fundos públicos, facilitando o desvio desses recursos.
Segundo a Investigação, ele ocupou cargos comissionados significativos, incluindo o de Secretário da Comissão de promoção da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis, durante o qual houve, supostamente, transferências financeiras suspeitas para a conta de Samantha Santos Brose (esposa de Ed Pereira). Além disso, há indícios de que Anderson esteja ligado ao Instituto Bem Possível, cujo endereço cadastrado é o mesmo da sede do Clube Fernando Raulino, do qual ele é presidente.
Silveira era um ponto de contato crucial entre os executores do esquema e as autoridades governamentais, utilizando sua influência para proteger os interesses da organização criminosa. Sua habilidade em navegar pelas burocracias governamentais permitia que os projetos fictícios recebessem financiamento sem levantar suspeitas.
Carlos Eduardo Pereira Bonatelli desempenhava, supostamente, o papel de facilitador, ajudando a conectar os vários elementos do esquema e garantindo que os documentos falsificados fossem criados e submetidos de maneira oportuna. Ele estava encarregado de fornecer informações e orientações sobre como maximizar os desvios de fundos através de procedimentos aparentemente legítimos.
Bonatelli também tinha um papel importante na comunicação entre os diferentes membros da organização, assegurando que todos estivessem alinhados com as estratégias de desvio de recursos. Sua capacidade de coordenar e organizar as ações de múltiplos participantes foi crucial para o sucesso contínuo do esquema.
Daniel Rodrigues Ribeiro de Lima era, supostamente, um dos operacionais do esquema, diretamente envolvido na execução dos projetos falsificados. Ele participava ativamente na criação de eventos e atividades fictícias que justificavam a alocação de recursos públicos. Suas responsabilidades incluíam a preparação de documentos e a coordenação de ações para garantir que as fraudes passassem despercebidas.
Ribeiro de Lima também colaborava estreitamente com outros membros, ajudando a disfarçar as irregularidades e a manter a fachada de legitimidade dos projetos. Seu conhecimento sobre os procedimentos operacionais dos eventos permitia que ele ocultasse eficazmente as fraudes cometidas pela organização.
Erick Klauss Assis Schmidt tinha, supostamente, a função de elaborar e submeter projetos que pareciam legítimos, mas que na verdade eram utilizados para desviar recursos públicos. Ele era responsável por garantir que os documentos apresentados às autoridades fossem detalhados e convincentes, facilitando a aprovação dos projetos e a liberação dos fundos.
Schmidt também monitorava a execução dos projetos fictícios, assegurando que todas as etapas necessárias fossem cumpridas para evitar a detecção das fraudes. Sua capacidade de criar documentos persuasivos e detalhados foi essencial para o sucesso do esquema.
Gabriel Antonio Euzebio estava, supostamente, envolvido diretamente na emissão de notas fiscais fraudulentas para serviços não prestados. Ele colaborava na preparação de documentos que justificavam despesas inexistentes, permitindo que os recursos públicos fossem desviados para os membros do esquema.
Euzebio desempenhava um papel crítico na manutenção das finanças da organização criminosa, ajudando a ocultar as irregularidades através de documentação falsificada. Sua participação era vital para garantir que os desvios de recursos fossem realizados sem levantar suspeitas.
Leonardo Costa Schmitz desempenhava, supostamente, o papel de consultor, oferecendo orientação sobre como manipular documentos e procedimentos para desviar recursos públicos. Ele ajudava na elaboração de relatórios e justificativas que permitiam a liberação de fundos para projetos fictícios.
Schmitz também coordenava com outros membros para assegurar que todas as etapas necessárias fossem cumpridas, evitando a detecção das fraudes. Sua expertise em burocracia e administração pública foi vital para o sucesso do esquema.
Leonardo Silvano, ocupava um cargo na Fundação Municipal de Esportes, e, supostamente, utilizava sua posição para emitir notas fiscais frias e facilitar a fraude nas prestações de contas. Ele orientava Renê Justino sobre como acobertar as origens ilícitas dos recursos desviados, desempenhando um papel crucial na manutenção da fachada de legitimidade dos projetos.
Silvano também estava envolvido na coordenação das atividades fraudulentas, assegurando que todos os documentos necessários fossem apresentados de maneira convincente. Sua habilidade em manipular os procedimentos administrativos foi essencial para o desvio de recursos.
Renan Martins Pires, trabalhando na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, era responsável pela documentação de projetos sociais e pela organização de eventos. Ele, supostamente, emitia notas fiscais fraudulentas e repassava seu salário oficial para Renê Justino ou terceiros, demonstrando sua participação ativa no esquema de desvio de recursos.
Pires também monitorava as finanças dos projetos, assegurando que os valores desviados fossem adequadamente distribuídos entre os membros do esquema. Sua capacidade de manipular documentos e gerenciar transações financeiras foi fundamental para o sucesso das operações fraudulentas.
Ricardo Borges Bortoluzzi, responsável por várias empresas e associações, utilizava essas entidades para, supostamente, emitir notas fiscais fraudulentas e desviar recursos públicos. Ele falsificava documentos para justificar despesas inexistentes, permitindo que os fundos fossem desviados para os membros do esquema.
Bortoluzzi desempenhava um papel central na criação e manutenção das entidades usadas para desviar recursos, assegurando que as fraudes fossem disfarçadas como atividades legítimas. Sua habilidade em manipular documentos e ocultar transações financeiras foi crucial para o funcionamento do esquema.
Rodrigo Menezes Cassidori, ocupando um cargo na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, era, supostamente, um dos líderes do esquema. Ele utilizava sua posição para criar projetos sociais fictícios e justificar a alocação de recursos públicos, facilitando o desvio desses fundos.
Cassidori também coordenava com Renê Justino na fraude de prestações de contas, utilizando sua influência para assegurar que os projetos fictícios recebessem financiamento. Sua capacidade de manipular processos administrativos e disfarçar fraudes foi essencial para o sucesso do esquema.
Sandro José de Melo, atuava, supostamente, como um facilitador, ajudava na criação de documentos falsificados e na coordenação das atividades fraudulentas. Ele estava envolvido na preparação de projetos e relatórios que justificavam a alocação de recursos públicos para atividades inexistentes.
Melo também colaborava estreitamente com outros membros da organização, assegurando que todas as etapas necessárias para o desvio de recursos fossem cumpridas. Sua participação foi vital para garantir que as fraudes passassem despercebidas pelas autoridades.