É muito grave a carência de gente para trabalhar. Não há novidade nisso. O fato novo está no desespero dos recrutadores de mão-de-obra por pessoas qualificadas. Exemplo disso – e é apenas um exemplo de uma realidade muito abrangente – está na informação em anúncio de busca por funcionários feito pela Tupy, de Joinville.
A multinacional do setor metalúrgico está contratando 300 vagas operacionais. O fato mais relevante está na frase: “a companhia busca incentivar os colaboradores ao estudo para a conclusão do ensino fundamental e médio, por meio de parceria com o Sesi e Senai”.
E “promove aulas de português para os oriundos de outros países”. Quer dizer: a chave é que as empresas voltaram a aceitar candidatos que ainda nem completaram o antigo ginásio, o equivalente ao atual nono ano.
Nestes tempos de elevadas exigências por conhecimento especializado e crescente robotização, o gargalo educacional está escancarado. Tempos de pleno emprego.