Após pouco mais de um ano na presidência do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), João Paulo Kleinübing, passa agora a comandar a diretoria financeira da instituição. Em evento de transmissão de posse, realizado nesta segunda-feira (1º) no Palácio Piratini, em Porto Alegre/RS, Kleinübing destacou as conquistas neste período e a continuidade das ações pretendidas nesta nova fase no banco.
“Neste período, conseguimos realizar ações e projetos significativos que fortaleceram nosso compromisso com a região. Chegamos a um novo recorde no volume de contratações ainda em 2023, com a marca histórica de R$ 5,8 bilhões – o maior montante já registrado desde a fundação do banco. Além dos números que mostram a importância e protagonismo do BRDE, o impacto de nossas ações é o que nos deixa ainda mais realizados”, comemora.
Ao transmitir o cargo de presidente para o diretor Ranolfo Vieira Júnior, Kleinübing fez referência à trajetória de 63 anos do BRDE e o apoio em favor do desenvolvimento do Sul do país.
Entre a ações lideradas por Kleinübing, estão iniciativas para mitigar as consequências de desastres naturais com o incentivo aos investimentos em projetos de prevenção, recuperação e resiliência, por meio de parcerias com órgãos internacionais. “Estivemos perto de nossas comunidades nos momentos mais difíceis, com a capacidade de encontrar soluções para apoiar e diminuir o sofrimento, seja com recursos ou ajuda voluntária”, ressalta.
Pronampe Emergencial
Um dos exemplos foi a operação do Pronampe Emergencial SC. Em pouco mais de três semanas do lançamento, o BRDE financiou R$ 140 milhões para 1.083 empreendedores em 87 municípios afetados pelas enchentes de outubro e novembro do ano passado. Além dos prazos de pagamento e carência estendidos pelo banco, o Governo de Santa Catarina subsidiou 50% e 100% da taxa de juros nos municípios com decreto de emergência ou estado de calamidade pública, respectivamente.
Em continuidade as ações, Kleinübing ressalta que o banco trabalha na operacionalização de uma nova fase do Pronampe. “O programa vai ter algumas características semelhantes, como parte dos juros subsidiados. Tem alguns critérios adicionais, no sentido de privilegiar empresas que realizem investimentos sustentáveis e que têm mais dificuldades de acessar crédito, e com problemas específicos que o Governo do Estado entenda que são prioritários, tais como localidades atingidas por desastres naturais”, explica.
Gestão focada em resultados
Por meio de linhas de crédito, capacitação e parcerias estratégicas, também buscou-se incentivar o empreendedorismo local. Após a aplicação de estudos e mecanismos ligados a economia tributária, o BRDE conseguiu destinar recursos para formação do fundo Impulsiona Sul, específico para operacionalizar políticas públicas, equalizar encargos e concretizar operações. A iniciativa beneficiou milhares de pequenos e médios empreendedores nos momentos de maior necessidade.
O fortalecimento dos laços com governos em todas as esferas e com instituições financeiras nacionais e internacionais também permitiu consolidar o BRDE como um fundamental parceiro na estruturação de projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para impulsionar a eficiência na prestação de serviços.
Com o selo de Banco Verde, o banco aderiu também no último ano aos Princípios de Responsabilidade Bancária da UNEP-FI, ligados à ONU, assim como ao protocolo “Floresta Viva” com o BNDES. Além disso, a instituição participa de ações para descarbonização e eficiência energética na indústria.
Inovação
A busca por soluções inovadoras, apoiando projetos de pesquisa, startups e digitalização de processos, foram iniciativas permanentes a frente da instituição. O compromisso com o atendimento digital também avançou, o que vai permitir mais agilidade na solução de crédito.
O programa BRDE Labs para aceleração de startups dobrou o volume de recursos nos três estados do Sul, o que reforça o compromisso com a inovação. Este pilar que se fortaleceu ainda no BRDE mais no último ano, sendo destaque em nível nacional, devido ao grande volume de crédito ofertado para os projetos inovadores, por meio da parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Nova operação
O retorno do BRDE ao mercado de capitais por meio da emissão de LCAs reflete também a capacidade de inovar. Essa decisão permitiu ao banco diversificar as fontes de captação de recursos, assim como proporciona acesso a investidores e amplia oportunidades de novos financiamentos. Desde o início do processo, já captou cerca de R$ 300 milhões por meio da nova operação no mercado.
“Aos nossos colaboradores minha imensa admiração pelo trabalho desenvolvido e a honra de poder seguirmos juntos nesta jornada no banco”, finaliza Kleinübing.