Venda de tradicional floricultura fecha um ciclo em Joinville

Joinville, que já foi a Cidade das Flores, perdeu seu mais relevante negócio de floricultura de sua história recente. Sim. A Flora Bachtold foi vendida. Localizada na rua Marechal Hermes, no coração do bairro Glória, vai dar lugar a prédios.

A área de 14 mil metros quadrados foi adquirida pela Construtora Rôgga. Esse é um processo natural que o crescimento do município impõe. Com a legislação urbanística direcionada ao adensamento populacional nas regiões do chamado centro expandido, seria lógico supor que um espaço tão valorizado estivesse no radar das construtoras.

A empresa compradora ainda não definiu o projeto para o local. A história da Flora Bachtold começou há mais de três décadas. Em 1993, Cláudio Bachtold tinha 18 anos e desenvolveu, aos poucos, o que se tornaria a grande referência em floricultura na cidade, por muitos e muitos anos. A área, no Glória, já era da família, praticamente desde os tempos da colonização de Joinville.

Os Bachtold vieram, imigrantes, na barca Colon, em 1851. Nos últimos anos, a área ocupada para venda de plantas e flores ocupava menos de um quarto de todo o espaço disponível. A construtora Rôgga tem um banco de terras (land bank) no valor de R$ 7,5 bilhões para erguer empreendimentos. Atua em Joinville e em outras cidades catarinenses. Nesta semana lançou o empreendimento temático, o Landscape Home Club, em Penha, e terá 107 mil metros quadrados de área construída em terreno de 46 mil M2. O valor geral de vendas (VGV) é estimado em R$ 700 milhões.

No local vão surgir 690 apartamentos a três minutos da praia e do Beto Carrero World.

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