Rio do Sul: Articulação tenta reunir MDB, PSD e PL em uma única pré-candidatura a prefeito

Gariba (MDB), Gerri Consoli (PSD) e Maneca (PL) são pré-candidatos a prefeito de Rio do Sul e conversam sobre aliança

Lideranças políticas e empresariais de Rio do Sul estão articulando uma desfragmentação do disputa eleitoral na cidade. A avaliação é de que a divisão de votos entre as pré-candidaturas de Garibaldi Ayroso (MDB), Gerri Consoli (PSD) e Manoel Arisoli Pereira (PL) pode beneficiar a aliança de esquerda em torno do ex-prefeito e ex-deputado estadual Jailson Lima (PSB).

Além dos quatro, há ainda a pré-candidatura de Jaime Pasqualini (PP), que ainda não participa da conversa sobre coalizão. A presença de apenas uma candidatura à esquerda e quatro nomes entre o centro e a direita – nenhum deles de perfil mais ideológico – abre um flanco que preocupa parte do empresariado e colocou lideranças políticas estaduais na mesa de negociações.

No primeiro turno de 2022, o presidente Lula (PT) fez 22% dos votos na cidade, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu quase 70%. Nenhum dos candidatos à direita tem alinhado o discurso à polarização nacional. Manoel Arisoli Pereira, o Maneca, era do PSD e foi filiado ano passado pelo governador Jorginho Mello (PL).

Rio do Sul vive divisão de ex-aliados

Gerri Consoli, do PSD, é uma dos herdeiros políticos do ex-deputado estadual e ex-prefeito Milton Hobus (PSD), assim como o atual prefeito José Thomé (PSD), que não tem direito à reeleição. Garibaldi Ayroso, o Gariba, foi prefeito entre 2013 e 2016 – como oposição grupo de Hobus, mas apoiado à época por Jailson. O emedebista transita entre as disputas políticas da cidade. Foi vice-prefeito na segunda gestão de Hobus, entre 2005 e 2008.

Jailson, quando era filiado ao PT, polarizou a política de Rio do Sul com Hobus no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Foi prefeito de 2001 a 2004 e se elegeu deputado estadual duas vezes, em 2006 e 2010. Deixou o PT e hoje está no PSB, mas já acertou o apoio dos petistas para formar a candidatura única de esquerda na cidade.

O cenário pré-eleitoral foi marcado por disputas entre PSD e PL, com críticas mútuas sobre as cheias em Rio do Sul. Nas últimas semanas, Thomé se reaproximou de Jorginho. A preocupação dos empresários alinhados à direita com a possibilidade de uma vitória da esquerda na cidade forçou uma reacomodação. A avaliação é que quem insistir na candidatura isolada será deixado de lado.

Uma pesquisa em conjunto está sendo realizada pelos três partidos. Com o MDB do Alto Vale sob comando do deputado estadual licenciado e secretário estadual Jerry Comper, a aproximação MDB e PL está bem encaminhada. A cabeça de chapa, entre Maneca e Gerri, ainda é o impasse. As vagas de deputado estadual e federal em 2026 podem entrar na equação.

Ouça o comentário na Jovem Pan Alto Vale


Fotos: Gabira, Gerri e Maneca. Três pré-candidatos e uma chapa.
Crédito: Instagram dos pré-candidatos, Divulgação.

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