Em Joinville, há candidatos para todos os gostos
Ninguém pode dizer que a campanha para as eleições a prefeito de Joinville será morna. A julgar pelos perfis dos cinco candidatos, ao menos algumas farpas serão trocadas entre eles.
O atual prefeito e candidato à reeleição, Adriano Silva, por óbvio, deverá ser o mais atacado. Por ora, favorito ao pleito, fará de tudo para tentar liquidar a eleição já no primeiro turno. Apresentará obras realizadas durante seu primeiro mandato para conquistar os votos dos joinvilenses. Adriano, do NOVO, é de direita e apoia Jair Bolsonaro no plano nacional.
No espectro da direita, mas de extrema-direita, está o Sargento Lima, do PL, mesmo partido do governador Jorginho Mello e do presidente da República. Aposta na transferência de votos de Bolsonaro para si e se apresentará como o “candidato oficial” de Bolsonaro. Aliás, o presidente deverá vir a Joinville em setembro para um comício a favor de Lima. Ainda não há data confirmada.
Para além deste embate entre os personagens da direita, estão dois outros nomes da centro-esquerda e esquerda. Rodrigo Bornholdt, advogado e ex-vice-prefeito e secretário municipal, vem pelo PSB, sigla do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. Com currículo qualificado e longe de radicalismos, busca ser a alternativa adequada para fora da ideologia direitista.
Na ponta esquerda, Carlito Merss, do PT, tem como vice um nome do PSOL, partido de extrema esquerda. Carlito já foi prefeito e deputado. Num ambiente predominantemente conservador, como é Joinville, terá dificuldades para romper a bolha, embora possa ter bons argumentos em temas sociais. Deverá utilizar a campanha para estimular a militância rumo a 2026, quando deverá ocorrer briga de foice entre Lula e a direita bolsonarista para presidente da República.
Ao centro, aparece Luiz Cláudio Gubert, do MDB, um nome pinçado aos 44 minutos do segundo tempo. Tem na vice o PP. Uma chapa insólita. No mínimo extravagante. E absolutamente inviável há oito, 12 anos, quando Luiz Henrique da Silveira e Esperidião Amin mandavam nos dois partidos em nível estadual.
O essencial, de agora em diante, é acompanhar as ideias e as propostas dos programas de governo de cada um deles. Entender o que propõem para escolher aquele que representa melhor os interesses da população de Joinville. Nos primeiros debates públicos, e, depois, nos programas eleitorais obrigatórios, veremos a que eles vieram.
A lembrar que as eleições municipais deste ano, principalmente nos grandes municípios catarinenses, serão um ótimo indicador do que esperar no embate eleitoral de 2026 para governador de Santa Catarina. Mas isso é assunto para depois.
Folhetos na rua
O Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville (Sinsej) está distribuindo folhetos contra as privatizações e terceirizações de serviços públicos feitas pelo prefeito Adriano Silva. O texto até diz, num tom forte, de que “Joinville não está a venda”. Sim, a campanha política começou.
Microempresas têm de pagar ICMS
O Supremo Tribunal Federal decidiu que as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional, são obrigadas a recolher o diferencial de alíquota de ICMS aplicado aos negócios interestaduais.
A ação que pedia o não recolhimento dessa fatia do tributo era do Conselho Federal da OAB, proponente da ação judicial. Mas a Advocacia Geral da União e a Procuradoria Geral da República ganharam a causa.
Multinacional começa obras de fábrica a 121 quilômetros de Joinville
A menos de duas horas de carro, a LG está começando a construir uma nova fábrica de eletroeletrônicos no Brasil. O investimento soma R$ 1,5 bilhão e vai criar centenas de empregos.
Onde? Não, não é em Santa Catarina. O Estado perdeu a disputa para o Paraná nos detalhes. A nova fábrica está sendo erguida no município de Fazenda Rio Grande, no Paraná, vizinho a Curitiba.