Debate sobre redução de jornada de trabalho é essencial
A Proposta de Emenda Constitucional para reduzir a jornada de trabalho semanal para até 36 horas altera o artigo sétimo da Constituição Federal. No texto consta:
“A duração do trabalho semanal não superior a oito horas diárias e trinta e seis horas semanais, com jornada de trabalho de quatro dias por semana, facultada a compensação de horários e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.”
No artigo segundo do documento, lê-se:
“A emenda entra em vigor 360 dias após a data de sua publicação.”
Partindo do texto da PEC, algumas reflexões são pertinentes.
A primeira observação é que, caso aprovada, a PEC terá validade jurídica apenas um ano depois de ser sancionada pelo presidente da República. Isso cria um período de adaptação para os diferentes segmentos econômicos, desmistificando a ideia de que a mudança seria imediata.
Argumentos a favor da PEC:
- O trabalhador terá mais tempo para convívio familiar.
- Aumento do tempo para lazer e descanso.
- Melhora da saúde mental do trabalhador, com diminuição do estresse e redução de doenças profissionais.
- Maior possibilidade de praticar o ócio criativo, conceito amplamente debatido pelo sociólogo italiano Domenico Di Mais.
- Potencial aumento da felicidade das pessoas, o que pode impulsionar a produtividade.
Argumentos contrários, levantados por empresários:
- Empresas teriam aumento de custos.
- Necessidade de contratar mais trabalhadores em alguns setores.
- Ajustes nos modelos de gestão seriam inevitáveis.
- Possibilidade de redução de lucros.
- Riscos de queda na produtividade e falta de produtos no mercado devido à dificuldade de novas contratações em tempos de pleno emprego.
Ambas as visões têm pontos defensáveis, tornando o debate necessário.
Um olhar histórico sobre mudanças trabalhistas
No Brasil, grandes transformações no trabalho ocorreram em momentos de pressão social e mudança econômica. O fim da escravidão, por exemplo, veio com a junção da pressão abolicionista e a percepção de que o modelo escravista já não era sustentável.
Na década de 1940, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), implantada por Getúlio Vargas, enfrentou críticas iniciais, mas trouxe marcos regulatórios que ainda moldam as relações trabalhistas.
Atualmente, a sociedade demanda um novo modelo. A geração Z, em particular, não aceita condições consideradas normais pelas gerações anteriores. Movimentos como o Vida Além do Trabalho (VAT) impulsionam essa discussão, enfatizando a busca por equilíbrio entre tecnologia e qualidade de vida.
A redução da jornada semanal não significaria o fim do capitalismo ou prejuízo irreversível para as elites empresariais. Pelo contrário, pode representar uma evolução para adequar o Brasil às práticas globais e garantir competitividade internacional.
Mudanças em empresas de Joinville
- Schulz: O ex-diretor Bruno Salmeron agora é CEO da Tecnofibras. Ele deixa o setor de autopeças para assumir uma posição executiva no setor plástico.
- Tigre:
- Rafael Laskier assume a diretoria de Transformação e Projetos Estratégicos. Com passagens pela Vale, Tupy e Embratel, ele se reportará diretamente ao CEO Luis Felipe Dau.
- Juliano Pereira assume a diretoria de Pessoas, Sustentabilidade e Comunicação. Ele traz experiência em empresas como Stora Enso, Usina Coruripe e Vibra Foods.
Expansão do setor supermercadista em Joinville
Três grandes redes de supermercados ampliam sua presença na cidade:
Angeloni anuncia uma nova loja no Centro da cidade, com abertura ainda neste mês.
Rede Koch e Grupo Pereira (Fort) inauguram unidades no bairro Vila Nova, na mesma semana.