
A Executiva Nacional do PSDB aprovou nesta terça-feira (29) o início oficial das tratativas para a fusão com o Podemos. O partido tucano marcou para o dia 5 de junho sua convenção nacional, que deliberará sobre a união entre as siglas e eventuais mudanças no estatuto. A medida mostra avanço no processo, após meses de conversas sobre a construção de uma nova alternativa política ao centro.
“A partir de agora, as consultas serão ampliadas e as várias instâncias partidárias serão ouvidas”, informou o PSDB em nota. As direções nacionais das duas legendas seguirão se reunindo nas próximas semanas para alinhar estruturas e propósitos, buscando consolidar a união.
Nos bastidores, já se fala que o novo partido deve adotar o número 20, atualmente utilizado pelo Podemos, aposentando o tradicional 45 do PSDB. A expectativa é que a fusão crie um espaço político alternativo aos extremos ideológicos.
Em Santa Catarina, a deputada estadual e presidente do Podemos-SC garante que por enquanto nada muda, com os partidos caminhando de forma independente. O processo de fusão depende da aprovação pelos dois partidos e posterior análise do Tribunal Superior Eleitoral.
“Aqui seguimos com a nossa organização, com aval da direção nacional. Não há discussão sobre a presidência estadual — continuamos no comando”, afirmou Paulinha. Segundo ela, a prioridade em SC é fortalecer nominatas para deputado estadual e federal, além de definir alianças regionais.
“Somos um partido novo, leve, que atrai lideranças com foco no interesse da sociedade. Se houver a fusão, vamos receber os filiados do PSDB com carinho, mas não contamos com isso para crescer”, disse.
Paulinha também reafirmou o apoio que recebe da presidente nacional do partido, Renata Abreu, e do vice, Pastor Everaldo. “Temos uma construção robusta para 2026, discutida semanalmente com a Executiva Nacional”, finalizou.
Com a movimentação oficializada pelo PSDB e a postura firme do Podemos catarinense, o cenário político em torno da fusão segue aberto e cheio de nuances, especialmente nos estados onde as lideranças locais têm peso e maior autonomia política.