O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se impressionou como as reações contrárias à possibilidade de que seu filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro pelo Republicanos, seja candidato a senador em Santa Catarina em 2026. Em entrevista ao jornalista Paulo Capelli, do portal Metrópoles, ele garantiu que a decisão está tomada.
– Falei ao Jorginho que serão duas vagas ao Senado: “uma para você e outra para mim”. A minha indicação ficou com o Carlos Bolsonaro. A dele, com a Carol de Toni (PL-SC). Se não fosse esse garoto, que trabalha para mim desde 2010, eu não teria a visibilidade que conquistei nas redes – disse Bolsonaro ao colunista.
O ex-presidente explicou que escolheu Santa Catarina como destino de Carlos Bolsonaro diante das dificuldades que sua candidatura a deputado federal pelo Rio de Janeiro poderia trazer para aliados que já estão na Câmara, como Alexandre Ramagem e Hélio Negão. Além disso, o irmão Flávio Bolsonaro é senador e disputa a reeleição.
A possibilidade de que Carlos Bolsonaro concorra por Santa Catarina veio à tona no final de maio e foi confirmada por lideranças do PL catarinense. Em post nas redes sociais, o próprio filho do ex-presidente admitiu “mudar de CEP”. O movimento recebeu críticas – a Federação das Indústrias (Fiesc) assinou nota defendendo que “Santa Catarina não precisa importar candidatos para representá-la“.
Jair Bolsonaro minimizou as reações na entrevista a Paulo Capelli.
– Já vi que tem gente dando pancada no Carlos, chamando de ‘turista’, de ‘E.T.’. Mas o trabalho que ele faz é espetacular. Nada impede que outros partidos, como PP, PSD, União Brasil, lancem seus candidatos. Eles terão candidatos ao Senado. E o Carlos será uma opção para o eleitor catarinense.
Dos partidos citados por Bolsonaro, o único que tem pré-candidato ao Senado é o PP, com Esperidião Amin – que deve buscar a reeleição em 2026.