Santa Catarina se agiganta para o mundo do agronegócio. Por Carlos Chiodini

Artigo de Carlos Chiodini (MDB), secretário de Estado da Agricultura e Pecuária.

Santa Catarina é um Estado pequeno em território, mas gigante quando se trata de excelência sanitária e protagonismo no agronegócio brasileiro. Em um cenário cada vez mais exigente, em que a segurança dos alimentos é fator determinante nas relações comerciais, temos trilhado um caminho de responsabilidade técnica, compromisso com a saúde humana, com a sanidade animal, vegetal e ambiental (one health – saúde única), e respeito aos protocolos internacionais. O resultado dessa trajetória é o reconhecimento para além das fronteiras da qualidade dos nossos produtos e o fortalecimento da economia catarinense no comércio internacional.

Tive a honra de participar como secretário de Estado da Agricultura e Pecuária da Missão do Governo do Estado à Asia, liderada pelo governador Jorginho Mello, com agendas estratégicas no Japão e China. Junto à presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, destacamos os diferenciais sanitários que consolidam o Estado como referência em defesa agropecuária.

Com foco na ampliação das relações comerciais entre Santa Catarina e o mercado japonês, a missão reforçou o pedido de abertura para a carne bovina do Estado. Foi assinada carta de intenções para ampliar exportação de grãos e desenvolver infraestrutura logística. Na Província de Aomori, foi reafirmada a histórica parceria de cooperação no cultivo da maçã.

Na China conhecemos novas tecnologias logísticas e reforçamos o pedido de retomada das exportações de carne de frango do Estado a esse importante mercado, após a suspensão temporária devido o foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), em granja comercial, no Rio Grande do Sul – atualmente declarado erradicado.

Tivemos orgulho de dizer que desde 2007, SC é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal como zona livre de febre aftosa sem vacinação — 1º Estado a conquistar esse reconhecimento no Brasil. Em 2015, alcançamos mais um marco: o reconhecimento como zona livre de peste suína clássica. Temos a menor incidência de Brucelose e Tuberculose Bovina, somos o único estado com identificação individual de todos os bovinos, e Santa Catarina é livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade na produção comercial. Essas conquistas não são apenas status: são diferenciais que nos colocam entre os principais fornecedores de proteína animal.

Esse cuidado não se restringe à saúde animal. Santa Catarina também é referência nacional em sanidade vegetal. Somos zona livre da Cydia pomonella (traça-da-maçã) e do Moko da bananeira. Temos a menor incidência nacional de Cancro Europeu das Pomáceas e também alcançamos a redução dos índices de cigarrinha do milho e doenças vinculadas. Nos destacamos também pelo pioneirismo no vazio sanitário do maracujá e no controle de pragas. Na sanidade florestal, monitoramos e mantemos sob controle a vespa-da-madeira no Pinus. E, junto ao setor produtivo, mantemos um controle rigoroso da produção de sementes, mudas e insumos agrícolas.

Os produtos do agro catarinense representam cerca de 65% de todo o comércio internacional do Estado. Nossos embarques não apenas movimentam a economia, mas levam o nome de Santa Catarina aos mais exigentes mercados, com confiança, qualidade e segurança.

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