
Se tem uma coisa que eu adoro é descobrir vinhos que fogem do óbvio. E quando digo “fogem”, é no sentido literal, afinal não é todo dia que um Malbec nasce a 2.500 metros acima do nível do mar. Pois é essa ousadia que os vinhos de Salta, uma região de clima desertico no norte da Argentina, vão apresentar em Florianópolis, num encontro restrito para profissionais do setor e convidados que respiram (e bebem) vinho com curiosidade.
No dia 22 de julho, o enólogo José Luis Mounier, um dos grandes nomes do vinho de altitude, apresentará todos os detalhes dos vinhos que prometem surpreender. O encontro tem o apoio da Associação Brasileira de Sommeliers de Santa Catarina (ABS-SC), o que garante ainda mais conteúdo técnico de qualidade para quem estiver lá.

Na paisagem desértica de Salta, os vinhedos desafiam a lógica e florescem em solos formados por areia e pedras e grande amplitude térmica. Essa combinação transforma Malbecs em tintos de cor profunda, aromas que misturam frutas negras maduras com toques florais e uma acidez viva que segura o frescor mesmo na potência.
Além do Malbec, outro destaque da região é o vinho feito com a Torrontés – uva branca que é um ícone da Argentina, quase exclusiva do país. Dela nascem brancos aromáticos, com notas florais intensas, frutas frescas e uma acidez vibrante. Um vinho leve no corpo, mas ousado na personalidade – perfeito para quem gosta de sair do óbvio.
Eu estarei lá, de taça na mão, anotando cada detalhe e tentando aprender tudo que José Luis contar. Por que histórias nascidas a quase 3 mil metros de altitude merecem ser repetidas – e de preferência acompanhadas de um bom brinde.
Tim tim!