Artigo de Eduardo Sardá – Ex-secretário municipal de Florianópolis
A Política Integrada representa um novo modo de pensar e praticar a atuação pública, centrado em valores essenciais como a ética, a meritocracia e a eficiência, sempre com foco no interesse coletivo. Essa abordagem não se limita à rejeição da corrupção, mas propõe uma conduta consciente, honesta e responsável em todas as esferas da vida pública.
A ética, nesse contexto, é mais do que uma obrigação — é o alicerce de toda ação política comprometida com o bem comum. Agentes públicos, eleitos ou nomeados, devem agir com integridade e coerência, colocando o dever cívico acima de interesses pessoais ou de grupo. A lealdade pode — e deve — incluir partidos e aliados, mas deve ser dirigida principalmente à sociedade e aos princípios que garantam uma convivência justa e equilibrada.
A justiça, quando aliada à meritocracia, assegura que o acesso a posições de liderança, recursos ou oportunidades ocorra com base na competência, na dedicação e na responsabilidade. Reconhecer o mérito de forma justa não significa favorecer elites ou manter privilégios, mas promover um ambiente em que o esforço, o preparo e os resultados concretos sejam valorizados.
O mérito, no entanto, só faz sentido dentro de um sistema que corrige desigualdades e amplia o acesso. Assim, a meritocracia deve caminhar lado a lado com políticas que promovam equidade, criando condições reais para que todos possam desenvolver seu potencial. Quando isso acontece, a política passa a reconhecer e elevar os mais capazes, independentemente de sua origem.
Outro ponto essencial da Política Integrada é a eficiência. A boa gestão pública não pode ser guiada apenas por intenções nobres, mas por resultados mensuráveis, planejamento sólido e capacidade técnica. Em qualquer setor — executivo, legislativo ou institucional —, é imprescindível que decisões sejam baseadas em conhecimento, dados e compromisso com a entrega.
Mais do que uma forma de governar, a Política Integrada é uma escolha de caráter — um compromisso com a verdade, com a competência e com o coletivo. Quando a ética orienta as decisões, o mérito define as escolhas e a eficiência guia as ações, a política deixa de ser um palco de interesses e se torna uma força transformadora. É essa força que constrói confiança, gera resultados concretos e devolve à sociedade o verdadeiro sentido de servir.
