Obra que faz “reparação histórica” à população negra é autorizada em Florianópolis

Foi assinada pelo prefeito Topázio Neto (PSD), nesta sexta-feira (11), a ordem de serviço para a restauração do prédio da antiga Escola Antonieta de Barros, no centro de Florianópolis, que está sem uso há mais de uma década. A obra vai custar R$ 4.499.000, recursos garantidos pelo instrumento da outorga onerosa – previsto no Plano Diretor – e por uma emenda de R$ 400 mil apresentada pela vereadora Carla Ayres (PT).

O local vai abrigar um centro cultural voltado à capacitação e memória da população negra. “Devolver o imóvel é parte de uma reparação histórica justa e necessária”, disse a vereadora petista. “Valeu a pena a luta em nome dos nossos ancestrais”, destacou o arquiteto e ex-vereador Lino Peres. Ele pediu que os movimentos negros, que acompanharam e contribuíram para o projeto, atuem na cogestão do espaço. A obra será executada pela empresa Litoral Engenharia e Construções Ltda, com prazo de execução de 12 mese

MUTIRÃO NA MAURO RAMOS
Cerca de 3 toneladas de cabos obsoletos ou irregulares foram retiradas dos postes da avenida Mauro Ramos, no centro de Florianópolis, durante um mutirão realizado nos primeiros dias de julho.. A ação contou com a participação da Celesc, da prefeitura e de 14 empresas de telecomunicação. “O mutirão é parte de uma série de ações que vêm sendo intensificadas em áreas de grande circulação na capital, com o objetivo de reduzir a poluição visual, prevenir acidentes e organizar a ocupação dos postes, promovendo mais segurança e qualidade urbana”, destacou Carlos Eduardo Marcussi Gomes, gerente do Departamento de Telecomunicações e Compartilhamento da Celesc.

DENSIDADE
A iniciativa do MPSC de questionar a forma como foi alterado o Plano Diretor de Florianópolis é juridicamente legítima, mas o mérito da contestação não resiste à análise urbanística, avalia o advogado Ernesto São Thiago. Ele entende que, ao permitir aumento do gabarito mediante contrapartidas à cidade, o decreto incentiva o adensamento inteligente e a formação de centralidades, reduzindo a pressão sobre áreas periféricas, promovendo o uso racional do solo e viabilizando investimentos em transporte público, mobilidade ativa, equipamentos públicos e serviços privados.

Centralidades– Para São Thiago, “gabarito maior democratiza e otimiza o uso do solo, favorece a densidade populacional e esta a formação de centralidades, inclusive para viabilizar investimentos em mobilidade ativa e transporte público e a implantação de serviços públicos e privados”.

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