Artigo de Edson Cascaes Lisbôa Junior, Executivo do Grupo Unimed Santa Catarina

Sou Edson Cascaes Lisbôa Júnior, manézinho da ilha, nascido na Maternidade Carlos Corrêa, no coração de Florianópolis. Aos 47 anos, vi muitas transformações: da máquina de escrever ao Windows 95, depois à internet e aos smartphones. Agora, vivemos a era da Inteligência Artificial (IA), uma revolução que já chegou à saúde.
Há 26 anos atuo no cooperativismo médico em Santa Catarina e no Brasil, acompanhando de perto a evolução tecnológica e profissional da medicina. Sei que a IA não substitui o médico nem o carinho do atendimento humano. Ela é um robôzinho amigo, que ajuda a marcar consultas, lembrar compromissos, analisar exames e até sugerir diagnósticos. Assim, libera o profissional de tarefas repetitivas e garante mais tempo de cuidado com o paciente.
O paciente também ganha protagonismo. Com dados acessíveis em tempo real, pode entender melhor seus exames, acompanhar sua saúde e prevenir doenças. Isso o torna mais ativo, fortalecendo a relação com o médico e melhorando resultados.
Na rede das Unimeds de Santa Catarina, já estamos nessa jornada de letramento em IA, preparando médicos e equipes para usar essas ferramentas com ética e segurança. Imagine consultas em que o médico conversa mais e digita menos, apoiado por dados confiáveis.
Mas inovação exige responsabilidade. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) garante privacidade e precisa estar no centro de qualquer solução em saúde digital. E, no Congresso Nacional, avança o Marco Legal da Inteligência Artificial, que dará ao Brasil um novo status na regulamentação dessa tecnologia.
Assim como outras revoluções que presenciei, esta também veio para ficar. E Santa Catarina tem todas as condições para ser pioneira nesse movimento de letramento em IA. A IA não é um futuro distante: é o presente, já nos ajudando a cuidar melhor da saúde, com mais qualidade, segurança e humanização.