
A Polícia Científica de Santa Catarina (PCISC) acaba de reforçar seu papel na proteção da saúde pública. A instituição identificou, pela primeira vez no Brasil, duas substâncias psicoativas sintéticas que foram prontamente adicionadas à lista de drogas proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A descoberta, feita em fevereiro de 2025, em Joinville, mostra a eficiência da perícia criminal no combate ao tráfico e na prevenção de riscos.
A identificação ocorreu durante a análise de uma grande apreensão. Entre os itens, peritos do Laboratório de Química Forense encontraram gomas comestíveis vendidas com a promessa de efeitos “mágicos”. As análises confirmaram que as gomas continham duas triptaminas sintéticas, 4-hidroxi-N,N-dietiltriptamina e 4-acetoxi-N,N-dietiltriptamina, substâncias produzidas em laboratório com efeitos alucinógenos.
A Perita-Geral da Polícia Científica, Andressa Boer Fronza, explicou a importância da ação: “A identificação precoce dessas novas drogas demonstra a relevância da perícia criminal não apenas para a investigação policial, mas também para a saúde pública.”
A agilidade da PCISC em comunicar a descoberta à Anvisa foi crucial. Como resultado, a agência publicou a Resolução RDC nº 985, de 29 de julho de 2025, que incluiu oficialmente os dois compostos na lista de substâncias proibidas no Brasil. Esse ato rápido e coordenado é fundamental para a saúde e segurança da população.