Quais são os 7 hospitais públicos brasileiros entre os 250 melhores do mundo

7 hospitais públicos e 15 privados ou filantrópicos, como Einstein, Sírio-Libanês, A.C. Camargo e InCor, estão entre os melhores do mundo em 2025. Foto: Unsplash/Divulgação

O Brasil conquistou espaço de destaque no ranking World’s Best Hospitals 2025, elaborado pela revista Newsweek em parceria com a Statista. Entre mais de 2.400 hospitais avaliados em 30 países, sete instituições públicas brasileiras, e outras 15 privadas ou filantrópicas, figuram na lista dos 250 melhores do mundo. O levantamento considera a reputação entre especialistas, indicadores de qualidade, pesquisas de satisfação e resultados relatados pelos pacientes.

O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, alcançou a 22ª posição global — o melhor resultado do país. Reconhecido pela combinação entre assistência de alta complexidade, pesquisa científica e uso de tecnologia de ponta, o Einstein mantém a liderança brasileira em rankings internacionais e reforça sua imagem como centro de

Ao todo, foram destacados 7 hospitais públicos, entre eles o Hospital das Clínicas da USP, o Hospital das Clínicas da Unicamp e o Instituto do Coração (InCor), e 15 hospitais privados ou filantrópicos, muitos com parceria parcial ou integral com o SUS, como o A.C. Camargo Cancer Center, a Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Sírio-Libanês. Essa composição mostra como tanto o setor público quanto o privado têm instituições de excelência reconhecidas internacionalmente, embora a maioria dos destaques concentre-se em hospitais privados ou filantrópicos que atuam em grandes centros urbanos. excelência em saúde.

Confira a lista completa de hospitais brasileiros:

Hospitais públicos

  • Hospital das Clínicas da Unicamp – Campinas
  • Hospital das Clínicas da USP – São Paulo
  • Hospital de Ensino da UNIFESP – São Paulo
  • Hospital Municipal Infantil Menino Jesus – São Paulo
  • Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – São Paulo
  • Instituto do Coração (InCor) – São Paulo
  • INTO – Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad – Rio de Janeiro

Hospitais privados e filantrópicos (com ou sem parceria com o SUS)

Pro Matre Paulista – São Paulo

A.C. Camargo Cancer Center – São Paulo (parceria com o SUS)

BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo – São Paulo (parceria com o SUS)

Hospital do GRAACC – São Paulo (parceria com o SUS, foco em câncer infantil)

HCor (Hospital do Coração) – São Paulo (parceria com o SUS)

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – São Paulo (parceria com o SUS)

Hospital Infantil Pequeno Príncipe – Curitiba (parceria com o SUS, até 60% da capacidade)

Hospital Infantil Sabará – São Paulo (parceria limitada com o SUS)

Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo (parceria com o SUS)

Hospital Moinhos de Vento – Porto Alegre (parceria com o SUS)

Hospital Sírio-Libanês – São Paulo (parceria com o SUS)

Hospital e Maternidade Santa Joana – São Paulo

Hospital Mater Dei Santo Agostinho – Belo Horizonte

Hospital Pro Cardiaco – Rio de Janeiro

Hospital São Luiz Itaim – São Paulo

Como funciona a avaliação

O ranking combina múltiplos critérios:

  • Pesquisa com mais de 85 mil profissionais de saúde, que indicam hospitais de maior reputação entre pares.
  • Métricas de qualidade hospitalar, como segurança, infraestrutura e protocolos clínicos.
  • Experiência dos pacientes, medida por pesquisas de satisfação e por indicadores de resultados relatados diretamente pelos atendidos (Patient-Reported Outcome Measures – PROMs).

No caso dos hospitais especializados, as listas são organizadas por áreas médicas, como cardiologia, neurologia, ortopedia e oncologia.

Excelência e desigualdade

A presença de sete hospitais brasileiros entre os melhores do mundo confirma que o país dispõe de centros médicos capazes de competir em padrões globais. Porém, o levantamento também escancara desigualdades. A maioria das instituições citadas está localizada em grandes capitais e depende, em grande parte, de recursos privados ou filantrópicos.

O contraste com a realidade de muitos hospitais regionais e públicos é evidente: dificuldades de infraestrutura, falta de pessoal especializado e limitação de investimentos ainda afastam a maior parte da população desse nível de atendimento.

O que está em jogo

Estar entre os 250 melhores hospitais do mundo representa reconhecimento e visibilidade para o Brasil, mas também traz responsabilidade. Os rankings podem servir de incentivo para ampliar a transparência em indicadores, estimular a pesquisa científica e difundir práticas de qualidade no sistema de saúde.

O desafio é transformar essas ilhas de excelência em inspiração para políticas públicas que aproximem o padrão internacional da realidade de hospitais públicos e regionais. A inclusão de instituições como o HC-FMUSP e o A.C. Camargo mostra que é possível alinhar ciência, ensino e atendimento de qualidade em benefício de um público mais amplo.

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