O superintendente do DNIT em SC, Amauri Sousa Lima, afirmou que acredita que o investimento em obras e manutenções nas rodovias federais em SC em 2025 poderá atingir R$ 900 milhões. A afirmação ocorreu durante reunião da Câmara de Transporte e Logística da Federação das Indústrias (FIESC) nesta terça-feira, 7.
De acordo com ele, o montante supera o orçamento previsto, que é de pouco menos de 700 milhões para este ano.
– Estamos entrando em um período que chamamos de janela, em que SC poderá incorporar no seu orçamento recursos transferidos de outros estados em que as obras não estão performando. Esses R$ 900 milhões seriam suficientes para cobrir tudo o que está planejado para o ano – destacou.
Em relação ao que está na proposta do orçamento da União para o DNIT em 2026, Lima afirmou que a expectativa é ampliar o volume de recursos disponíveis para as rodovias federais em SC. Na semana passada, a Federação industrial afirmou, em documento enviado ao ministro dos Transportes, Renan Filho, aos parlamentares do estado e ao DNIT, que a redução de verbas previstas para 2026 deverá afetar obras nas BRs 470, 280, 163, 285 e 282. A entidade destaca que os R$ 506,7 milhões alocados para o estado são insuficientes para a conclusão de obras em andamento e para a manutenção preventiva.
– São corredores essenciais para a competitividade de Santa Catarina e para escoar a produção e chegada dos insumos – afirma o presidente da FIESC, Gilberto Seleme.
O superintendente do DNIT explicou que a expectativa é de que a LOA possa destinar mais recursos para rodovias em SC.
– O ministério está fazendo esforços para ampliar os investimentos e a mobilização da FIESC contribuiu para sensibilizar os parlamentares e o governo nesse sentido – afirmou Lima.
Aviação Regional
A reunião da Câmara também trouxe uma apresentação sobre aviação regional, e a modelagem que a Voe Juntos deve estrear em SC para desenvolver a atividade no estado.
– Santa Catarina tem uma estrutura diferenciada de aeroportos regionais, capazes de operar com aeronaves menores, inclusive com vôos noturnos”, explica o diretor da consultoria Aeroplanum, Geraldo Velázquez.
A Aeroplanum é a idealizadora da Voe Juntos, empresa que faz a intermediação entre operadores de aeronaves de até nove lugares com clientes. A iniciativa – um pool de três operadores aéreos com oito aeronaves – freta os aviões e disponibiliza a capacidade final com o viajante. “Esse pool de oferta de assentos é um modelo para desenvolver a aviação regional e ampliar a oferta de voos e de cidades atendidas”, explicou.
A ideia é oferecer voos para nove cidades catarinenses: Florianópolis, Navegantes, Joinville, Criciúma, São Joaquim, Lages, Joaçaba, Porto União e Caçador. As operações devem iniciar ligando Caçador e Lages a Florianópolis, iniciando em 2026.
