O Laboratório de Caracterização Química Multiusuário do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) – Campus Criciúma conta com um importante reforço para suas atividades científicas: um Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) de bancada, adquirido com o apoio da Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FEESC) e financiamento da Finep. O equipamento representa um marco para o IFSC, sendo o primeiro de seu tipo disponível na instituição.
Segundo o coordenador do projeto, professor Rodrigo Battisti, o novo MEV “é um equipamento inédito no IFSC e permitiu um salto significativo nas atividades de pesquisa, ensino e extensão”. Ele destaca que a tecnologia possibilita o estudo detalhado de diferentes tipos de materiais, como cerâmicos, poliméricos, metálicos e celulósicos, “É fundamental para o avanço da linha de pesquisa em biopolímeros, voltada à criação de plásticos sustentáveis a partir de resíduos vegetais”.
O equipamento vem sendo utilizado em projetos voltados ao desenvolvimento de materiais biodegradáveis e sustentáveis, além de parcerias com instituições da região, como a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unesc) e a UFSC – Campus Araranguá. “Temos recebido professores e pesquisadores dessas universidades para realização de análises e estudos conjuntos. Essa integração fortalece a pesquisa aplicada e cria um ecossistema de inovação regional”, ressalta Battisti.
A aquisição foi viabilizada por meio de um projeto submetido ao edital Proinfra 2022 da Finep, que destinou cerca de R$ 2,5 milhões à modernização da infraestrutura analítica do campus. A gestão administrativa e operacional do processo de compra foi conduzida pela FEESC, garantindo segurança e agilidade em etapas complexas como importação, orçamentos e trâmites fiscais. “O apoio da FEESC foi essencial.
Eles têm o conhecimento necessário para lidar com toda a burocracia do processo de aquisição, o que nos permitiu concentrar esforços na pesquisa”, enfatiza o professor.
O MEV de bancada é um equipamento multiusuário, disponível para alunos, pesquisadores e empresas da região Sul, fortalecendo o vínculo entre a pesquisa acadêmica e o setor produtivo. A expectativa é de que o novo microscópio amplie a capacidade de análise e inovação no IFSC e em instituições parceiras, contribuindo para formar profissionais mais preparados e impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico regional.
