A Gazeta do Povo divulgou mais uma rodada de pesquisas do instituto Neokemp sobre a disputa eleitoral em Santa Catarina. Os números apontam o cenário estável na disputa pelo governo do Estado, liderado pelo governador Jorginho Mello (PL), que apresentou pequena perda na intenção de votos. Em relação à rodada de pesquisas divulgada em setembro, no entanto, há uma redução considerável da vantagem apontada para Carlos Bolsonaro na disputa por uma das vagas ao Senado, fortalecendo as posições de Caroline de Toni (PL) e Esperidião Amin (PP) e trazendo Décio Lima (PT) para a disputa.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Neokemp com 1.008 entrevistas em 87 cidades de Santa Catarina, entre os dias 20 e 21 de outubro de 2025. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
A pesquisa para governador
Cenário 1 – Com Décio Lima (PT)
- Jorginho Mello (PL): 41,8%
- João Rodrigues (PSD): 19,9%
- Décio Lima (PT): 16,1%
- Não sabe: 15,8%
- Branco ou nulo: 6,4%
O que mudou: Em relação ao levantamento apresentado em setembro, o governador Jorginho Mello teve uma queda de intenções de voto para além da margem de erro, mas isso não foi absorvido por nenhum dos adversários. Jorginho tinha 46%, contra 22,9% de João Rodrigues e 15% de Décio Lima. O pessedista oscilou para baixo, enquanto o petista oscilou para cima. Os indecisos cresceram – eram 11,1% em setembro.
Cenário 2 – Sem Décio Lima (PT)
- Jorginho Mello (PL): 41,3%
- João Rodrigues (PSD): 23,6%
- Afrânio Boppré (PSOL): 6,2%
- Fabiano da Luz (PT): 4,9%
- Marcos Vieira (PSDB): 2,1%
- Não sabe: 15,2%
- Branco ou nulo: 6,7%
O que mudou: Em setembro, o cenário apresentado pela Neokemp tinha algumas alterações. O candidato do PT era o ex-prefeito de Brusque, Paulo Eccel, e o ex-senador Paulo Bauer aparecia como alternativa. Nesse cenário mais uma vez há uma queda nas intenções de voto de Jorginho (tinha 47,1%) que supera a margem de erro e aumento dos indecisos (eram 10,8%). João Rodrigues oscilou para cima (tinha 21,3%), enquanto Afrânio Boppé oscilou para baixo (tinha 6,9%). Marcos Vieira oscilou positivamente (tinha 1,1%).
Rejeição
Afrânio Boppré e Jorginho Mello são os candidatos que apresentam maior rejeição.
- Afrânio Boppré (PSOL): 25,3%
- Jorginho Mello (PL): 21,3%
- Fabiano da Luz (PT): 10,8%
- João Rodrigues (PSD): 6,5%
- Marcos Vieira (PSDB): 3,7%
A pesquisa para senador
Na pesquisa para o Senado, o Neokemp apresentou dois cenários de primeiro voto, um cenário de segundo voto e uma somatória de primeiro e segundo votos. Há mudanças de nomes em relação ao levantamento de setembro, quando foi incluído Carlos Chiodini (MDB). Em seu lugar aparece Clésio Salvaro (PSD).
Cenário 1º Voto para senador
- Carlos Bolsonaro (PL): 22,7%
- Caroline de Toni (PL): 20,3%
- Décio Lima (PT): 17,5%
- Esperidião Amin (PP): 15,8%
- Clésio Salvaro (PSD): 4,3%
- Não sabe: 13,7%
- Branco ou nulo: 5,7%
O que mudou: Carlos Bolsonaro perdeu quase 10 pontos percentuais no cenário de primeiro voto em relação a setembro. Naquele levantamento ele alcançou 32,4%. O maior beneficiado foi Esperidião Amin, que cresceu acima da margem de erro (tinha 11%). Caroline de Toni se manteve estável (20,9%) e Décio Lima oscilou positivamente dentro da margem de erro (tinha 15,2%). Clésio Salvaro manteve o patamar de Chiodini.
O Neokemp trouxe também um cenário de primeiro voto com os mesmo nomes, mas acrescentando Gilson Marques (Novo) – ele alcança 3,3%, afetando dentro da margem de erro as intenções de voto de Caroline de Toni (19,9%) e Esperidião Amin (14,5%).
Cenário de 2º voto para senador
- Caroline de Toni (PL): 20,4%
- Carlos Bolsonaro (PL): 20,1%
- Esperidião Amin (PP): 16,2%
- Décio Lima (PT): 13,4%
- Clésio Salvaro (PSD): 6,5%
- Não sabe: 17,0%
- Branco ou nulo: 6,5%
O que mudou: Há um triplo empate técnico na liderança pelo segundo voto ao Senado, com Caroline de Toni e Carlos Bolsonaro registrando quedas que superam a margem de erro (ela tinha 24,1, ele tinha 26,1%). Esperidião Amin oscilou na margem de erro (tinha 15,1%) e encostou na dupla, considerando a margem de erro de 3,1 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ele está empatado tecnicamente com Décio Lima (PT), que também cresceu dentro da margem de erro (tinha 12%). Clésio Salvaro novamente mantém o patamar alcançado em setembro por Chiodini.
O Neokemp não apresentou Gilson Marques em cenário de 2º voto.
Senado: Somatória dos votos
Para registrar os vencedores das disputas pelo Senado com duas vagas, a Justiça Eleitoral soma primeiro e segundo votos, sem ponderações. O Neokemp utilizou esse critério para apresentar um cenário baseado nas pesquisas de primeiro e segundo voto.
- Carlos Bolsonaro (PL): 42,8%
- Caroline de Toni (PL): 40,6%
- Esperidião Amin (PP): 32,1%
- Décio Lima (PT): 30,9%
- Clésio Salvaro (PSD): 10,8%
- Não sabe: 30,7%
- Branco ou nulo: 12,2%
O que mudou: Esse é o ponto mais relevante da nova rodada de pesquisas da Neokemp. Em setembro, Carlos Bolsonaro alcançava 58,5% dos votos nas soma dos dois cenários – uma impressionante queda de quase 16 pontos percentuais em um mês. Nesse cenário, Caroline de Toni também perdeu pontos além da margem de erro, pois tinha 45%. Ambos estão tecnicamente empatados agora. O maior beneficiado foi Esperidião Amin (PP), que cresceu seis pontos percentuais. Décio Lima cresceu dentro da margem de erro (tinha 27,2%) e está empatado tecnicamente com Amin. Clésio Salvaro mantém o patamar de Chiodini, que fez 10,6%.
Como o Neokemp não fez cenário com Gilson Marques no segundo voto, ele não consta na somatória.
Rejeição
Nesta rodada, o Neokemp incluiu na pesquisa a rejeição aos candidatos ao Senado. Carlos Bolsonaro e Décio Lima lideram o quesito, enquanto os demais adversários não registram números que possam afetar seus desempenhos.
- Carlos Bolsonaro (PL): 37,5%
- Décio Lima (PT): 32,4%
- Esperidião Amin (PP): 5,5%
- Caroline de Toni (PL): 5,0%
- Clésio Salvaro (PSD): 5,0%
- Rejeita todos: 4,6%
- Não rejeita ninguém: 10,0%