O vice será do Norte? Jorginho e MDB afinam estratégia para 2026 e nomes estão na mesa

O governador Jorginho Mello deu a senha do MDB: estaremos juntos em 2026. A frase que já vinha sendo esperada coloca definitivamente o MDB na linha de frente na próxima eleição. E a vaga é de vice e ponto. Com isso, os nomes já começaram a ser especulados, principalmente no maior colégio eleitoral de Santa Catarina. A coluna de hoje apontará os nomes de Joinville e região que estão como opção ao governador. 

Um vice do Norte sempre é uma estratégia eficiente. Foi assim que Jorginho escolheu o nome para a sua chapa pura em 2022 e convidou a delegada aposentada Marlisa Boehm. Era o elo que faltava para ganhar uns votinhos na cidade, repetindo uma estratégia que já tinha dado certo na disputa ao senado. O Norte sempre foi um ponto de atenção por várias questões. Seja pelo poderio empresarial, sempre importante, como também o quantitativo de eleitores. Ter um nome de Joinville parece ser uma espécie de amuleto para Jorginho Mello. Com isso, eleição ao governador em 2026 passa pelo Norte de Santa Catarina. 

Sobrou ser coadjuvante

Aqui vai apenas uma constatação. Sem nome de peso para uma disputa na cabeça em uma chapa na disputado do governo estadual – prefeito de Joinville Adriano Silva parece não querer disputar – cabe somente o posto de coadjuvante para Joinville. É o que nos contentamos nos últimos anos com o vácuo de lideranças estadualizadas há pelo menos uma década.

Chiodini se coloca à frente

O deputado federal Carlos Chiodini, presidente estadual do MDB, já se lançou como opção. Integrante do primeiro escalão do governo Jorginho (é secretário da Agricultura) tem adotado a postura de liderança. No evento no último sábado, em Balneário Camboriú, não fugiu da pergunta sobre possível nome a vice e se colocou como opção. Sem meias palavras disse que o nome vai ser construído entre as lideranças. Como presidente do partido deve liderar essas escolhas e no MDB o poder de escolha está numa cúpula de eleitos formado por deputados estaduais, federais e a única senadora do partido, Ivete da Silveira. Com base em Jaraguá do Sul, Chiodini construiu um eleitorado em Itajaí onde disputou a Prefeitura em 2024.

Ivete e a chance de repetir dobradinha vitoriosa

Não é segredo pra ninguém que vem sendo construído o nome da senadora Ivete da Silveira como opção. A dupla com Jorginho foi bem sucedida em 2018 com a eleição para o Senado. Como suplente, Ivete abriu portas para Jorginho em Joinville, contou com apoio de parte dos empresários e do grupo ligado ao ex-governador Luiz Henrique da Silveira. É justamente um grupo restrito da senadora que vem levando o seu nome até a cúpula do Palácio da Agronômica. A senadora não pretende concorrer a reeleição no Senado e não pensa em retornar a Brasília. Oficialmente ainda não divulgou o seu futuro, mas o nome de Ivete já chegou até Jorginho Mello.

Fernando Krelling quieto e tem simpatia do governador

Lançar nomes um ano da eleição é sempre perigoso. Primeiro é que muita coisa ainda pode acontecer. Segundo ponto é que quem realmente pode ser escolhido geralmente não está entre os especulados publicamente para não haver uma “fritura”. Nesta conjuntura, quem está bem quieto é o vice-presidente da Assembléia Legislativa, o deputado Fernando Krelling. Seu nome está entre os preferidos de Jorginho Mello, por ser jovem, aliado fiel do governo e com boa imagem na maior cidade do Estado. Fernando Krelling diz estar trabalhando na sua reeleição e que ainda tem longo caminho a percorrer. Deputado em segundo mandato, liderança já consolidada em Joinville, não pode ser descartado. Dentro do núcleo dos deputados emedebistas e dos articulares do governo, o joinvilense é visto com grande potencial.

Lunelli tem desejo, mas visa Jaraguá

Os nomes de peso estão em Joinville e Jaraguá do Sul. O deputado estadual Antídio Lunelli já teve mais empolgação na disputa a vice e disputou internamente, em 2022, a condição de ser candidato a governador. Em convenção perdeu para Udo Döhler, que disputou como vice do então governador Carlos Moisés e não chegou ao segundo turno. Lunelli teria perdido o fôlego e a animação, pois tenta retomar as rédeas em Jaraguá do Sul, já pensa na sua reeleição à Assembléia e está de olho num possível retorno à prefeitura.

Joinville terá um novo prefeito nesta semana

Depois de derrotas consecutivos em eleições municipais, o PSD chegará finalmente ao comando da Prefeitura de Joinville. O presidente da Câmara Vereadores, Diego Machado, assumirá o cargo de prefeito interinamente devido a viagem do prefeito Adriano Silva e da vice Rejane Gambin ao exterior. Depois das derrotas de Darci de Matos para Udo Döhler em 2016 e para Adriano Silva em 2020, o PSD foi o primeiro grande partido a apoiar a reeleição do atual prefeito. Com gesto de reciprocidade, o partido “ganha” a Prefeitura por uma semana.

Foto: MAURO ARTUR SCHLIECK/CVJ

Sem festa, nem bolo, mas com presença de lideranças

A cúpula do PSD estará em peso em Joinville para prestigiar a transferência no cargo na sexta-feira, dia 31 de outubro. O presidente estadual do partido, Eron Giordani, diz que um bom número de liderança estará presente e os principais nomes da sigla no Estado. Não haverá grande pompa, mas é um ato simbólico importante para o vereador Diego Machado, sendo construindo como liderança emergente do partido.

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