Após os mais recentes capítulos da grande novela envolvendo a pré-candidatura de Carlos Bolsonaro (PL) ao Senado por Santa Catarina, Jorginho Mello, ao ser novamente questionado sobre seu apoio ao vereador carioca, afirmou que “é muito cedo para falar nisso” e sugeriu que a discussão deve ficar para o ano que vem. “Duas vagas de senador, tem três que querem, vamos ver lá na frente”, declarou o governador durante um evento na tarde desta quinta-feira, em Florianópolis.

Em nova pesquisa do instituto Neokemp, em parceria com a Gazeta do Povo, Carlos Bolsonaro aparece atrás da correligionária e deputada federal Carol de Toni (PL) nos dois cenários avaliados, tanto na intenção de voto para a primeira cadeira quanto na soma das duas vagas. Após a divulgação da pesquisa, o filho do ex-presidente se manifestou em suas redes sociais, onde voltou a defender a “dobradinha Carlos e Carol”, escanteando o senador Esperidião Amin (PP), que busca a reeleição.
Jorginho também demonstrou desconforto com o alcance da briga: “a imprensa precisa arrumar outra pauta. Eu acho que toda pauta que a imprensa puxa é boa, mas isso é pra agosto do ano que vem”. Na sequência, mencionou que o Governo do Estado vem realizando uma série de entregas em diversos setores e que “agora todo mundo coloca a pauta do Senado como se fosse a solução do mundo”.
— A única coisa que me deixa contente é que ninguém fala que quer ser candidato a governador. Todo mundo quer saber quem vai ser o vice e quem vai ser o senador, que está congestionado. Isso me agrada — disse o chefe do Executivo catarinense, contemporizando a polêmica.
Pedido de impeachment de Ulisses Gabriel
Questionado sobre o pedido de impeachment apresentado contra o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, Jorginho disse que “o impeachment não constrói nada” e tratou o tema com lamentação.
— Ele está trabalhando. Talvez o trabalho as pessoas puxem para o particular, como se tivesse disputa com alguém. Isso é cafona. Primeiro que não é por aí esse impeachment na Assembleia, e eu vejo que não constrói — disparou Jorginho.






