
O Governo Federal articulou um investimento estratégico de R$ 116 milhões por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) para sanar um gargalo logístico e, consequentemente, garantir a oferta e reduzir a histórica dependência do país na importação de hemoderivados, a importante classe de medicações fornecida pelo SUS.
O recurso será direcionado à compra e instalação de 604 equipamentos de congelamento e armazenamento , incluindo freezers, ultrafreezers e blast freezers, em 125 hemocentros e unidades de hemoterapia espalhadas por 22 estados.
O objetivo principal, coordenado pelo Ministério da Saúde (MS) em parceria com a Hemobrás, é assegurar a máxima qualidade do plasma doado, que é a matéria-prima essencial para produzir medicamentos críticos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a nova estrutura, o MS projeta um aumento superior a 27% na expectativa de plasma a ser recolhido e aproveitado em 2025, podendo alcançar a marca de 300 mil litros.
Este plasma é vital para a produção de:
- Fatores de Coagulação: Essenciais no tratamento da Hemofilia.
- Imunoglobulina: Usada em pacientes com deficiências imunológicas.
- Albumina: Indicada para tratar queimaduras graves e grandes cirurgias.
A coordenadora-geral de Sangue e Hemoderivados do MS, Luciana Carlos, reforça a dimensão da medida: “O investimento representa um avanço estratégico na qualificação do parque tecnológico da Hemorrede, reduzindo a dependência de importações e contribuindo para autossuficiência em hemoderivados.”
A Casa Civil confirma que a medida garante um melhor aproveitamento das doações, transformando infraestrutura em cuidado e fortalecendo o papel estratégico do Brasil na produção de medicamentos que salvam vidas.
Os novos equipamentos de alta tecnologia começaram a ser instalados em outubro. Até o final de novembro, 93 unidades chegam a hemocentros de dez estados, como São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Ceará.






