Júlio Garcia fala em “harmonia”, diz que falta planejamento do governo e descarta ser vice em 2026; veja o que rolou na coletiva do JG

Brinquei no Instagram que hoje havia dois eventos internacionais: a final da Copa Intercontinental entre Flamengo e PSG e a coletiva do presidente da Alesc, Júlio Garcia. O Flamengo, você sabe, perdeu. Júlio, por sua vez, entrou em campo para mandar seus recados, alguns sutis, outros nem tanto.

Entre os assuntos que pautaram a coletiva de imprensa com o presidente, um resumo da Alesc em números, a reestruturação do setor de comunicação da Casa e, claro, política.

Júlio destacou que a Alesc devolveu aos cofres do governo do Estado R$ 403 milhões, resultado da economia de recursos do Parlamento estadual. O dinheiro foi repassado ao Executivo ao longo do ano. Ele também exaltou a Alesc Itinerante, implantada na gestão do deputado Mauro de Nadal (MDB), iniciativa mantida pela atual administração.

Reestruturação da Comunicação

Em seu quarto mandato como presidente, Júlio afirmou que percebeu a necessidade de aproximar o Parlamento da população. Para isso, a Assembleia promoveu uma reestruturação na diretoria de comunicação.
“A comunicação evoluiu muito nos últimos tempos, né? E é muito importante que a gente possa se comunicar com aquele que nós representamos, né?”, disse.

Questionado pelo jornalista João Paulo Messer sobre o ano eleitoral de 2026 e a antecipação das eleições, Júlio afirmou que quem antecipou o processo foram os candidatos, não a Alesc.

“A antecipação da eleição se dá por conta dos candidatos, né? A Assembleia não antecipou a eleição do ano que vem. Os candidatos é que podem ter antecipado, né? E fazer um exercício de futurologia para saber o que vai acontecer no ano que vem já fica muito difícil. Eu não cheguei nesse nível ainda.”

Já o colega de portal, Upiara Boschi, perguntou sobre a votação da última semana do projeto de lei das cotas raciais. Júlio Garcia não entrou na polêmica e lembrou que “o presidente não vota”. Disse, ainda, que a Alesc é composta por uma fatia da sociedade e que, assim como ocorreu no plenário, há na sociedade quem concorde e quem discorde do projeto aprovado.

“A Assembleia é uma fatia daquilo que é a sociedade. Não me cabe, como presidente, comentar projeto de origem parlamentar ou projeto dos meus colegas. Eu, como presidente, não voto em projetos, apenas quando há empate. O projeto foi aprovado na Assembleia, as manifestações contrárias existiram, as favoráveis também, e agora cabe ao governador sancionar ou vetar. Essa pergunta fica boa para o governador.”

Perguntado sobre infraestrutura e saneamento, Júlio fez uma crítica direta ao governo do Estado e disse que falta planejamento.
“Os dois temas são muito importantes. Acho que o governo não caminhou na velocidade desejada. Falta planejamento de curto, médio e longo prazo, de modo especial para a infraestrutura.”

E emendou:

“Se eu fosse governador, iria à Fiesc, pegaria o projeto, o diagnóstico da Fiesc, e faria dali um programa de curto, médio e longo prazo. Em relação ao saneamento também, nós temos um número bastante vergonhoso para Santa Catarina. A cobertura de saneamento, de tratamento de esgoto sanitário, é muito baixa. Um número que realmente não está à altura dos demais índices do Estado.”

Pré-candidato a vice?

Por falar em antecipação das eleições, a escolha do vice do governador e pré-candidato à reeleição, Jorginho Mello, também é uma das grandes perguntas do ano. Júlio, volta e meia, surge como possibilidade de composição com Jorginho. Ele, no entanto, descartou a hipótese.

“O meu projeto para o ano que vem está definido. Eu tenho dito isso: sou pré-candidato a deputado federal e estou muito feliz com a minha pré-candidatura.”

Se pudesse resumir o ano de 2025 em uma palavra, perguntei a ele.
“Harmonia”, respondeu.

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