Cesar Lunkes escreve artigo sobre a importância das instituições de ensino superior em Santa Catarina, especialmente as particulares, no desenvolvimento socioeconômico e na democratização do acesso à educação, destacando seu papel crucial na inovação e no empreendedorismo regional.
Quando discutimos progresso e desenvolvimento socioeconômico de um Estado, é fundamental reconhecer a importância das instituições de ensino superior. Elas desempenham papel crucial na formação de indivíduos, no despertar intelectual e na preparação para o mercado de trabalho.
Em Santa Catarina, existem 442.552 estudantes matriculados no ensino superior. Desse total, 382.207 estão na rede privada (80% em IES particulares e 20% no sistema comunitário) e 60.345 na rede pública (federal, estadual e municipal).
Com 106 instituições de ensino superior no estado (91% delas privadas), essas instituições atuam para formar e permitir que as pessoas atinjam seus sonhos pessoais e profissionais. Faculdades, universidades, centros universitários e institutos, sejam eles públicos ou privados, desempenham um papel social forte e promissor. Cada uma, dentro da sua organização social – pública ou privada – contribui para o conhecimento e o futuro.
A importância dessas instituições em Santa Catarina vai além dos números. Elas são motores de inovação, empreendedorismo e desenvolvimento social. E aqui destaco as instituições de ensino (IES) privadas particulares. O olhar empreendedor catarinense para a ampliação da oferta no ensino superior se deu a partir da percepção da necessidade de atendimento em todas as regiões do estado.
Do extremo oeste ao planalto norte, Serrano, ao norte, sul e litoral, cada IES surgiu da compreensão das expectativas e necessidades regionais. Essa expansão foi crucial para melhorar indicadores gerais, fortalecendo a capacidade de cada região de se desenvolver e prosperar.
Percebam que a expansão do acesso à educação superior é uma meta dos governos federal e estadual, e as IES particulares desempenham um papel fundamental nesse processo, complementando a capacidade das instituições públicas. Sem essa contribuição, será impossível que os Estados e o Brasil alcancem seus objetivos de inclusão e democratização no ensino superior, conforme prevê o Plano Nacional de Educação, prorrogado para 2025 devido ao não cumprimento de metas.
Os programas estaduais de assistência financeira ao ensino superior privado, como o FUMDES (Fundo Estadual de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior) que atende em especial as instituições particulares, reconhecem o valor dessas instituições e facilitam a criação de um ambiente propício ao empreendedorismo local.
Muitas das empresas de sucesso foram impulsionadas por conhecimentos e oportunidades geradas nas universidades e instituições particulares de ensino aqui, do nosso Estado. E o território catarinense é grande, e diverso.
É preciso reconhecer que as instituições de ensino superior particulares, e aqui faço menção especial às ligadas ao sistema AMPESC (Associação de Mantenedoras Particulares de Educação Superior de Santa Catarina), que oferecem uma vasta gama de oportunidades educacionais e são fundamentais para o crescimento socioeconômico.
Em um cenário em que a democratização do acesso à educação é vital, essas instituições continuam a ser pilares indispensáveis na construção de um futuro promissor. Elas fortalecem a capacidade do Estado de prosperar e evoluir, enquanto a formação no ensino superior se torna um motivo de orgulho e o início de uma nova jornada na vida do cidadão.
Cesar Lunkes é presidente da Associação de Mantenedoras Particulares de Educação Superior de SC (AMPESC)