A partir desta edição, inauguro um novo espaço quinzenal na coluna Reputação em foco: o quadro À queima-roupa. A ideia é simples: provocar especialistas em reputação, comunicação e liderança a responder, sem floreios, perguntas que normalmente tiram o sono de quem lida com crises de imagem. Respostas rápidas, diretas e desconfortavelmente verdadeiras.

Para estrear, convidei a publicitária Jade Martins, que acumula experiência em agências e campanhas eleitorais. E vamos combinar: se tem um ambiente em que crise é matéria-prima diária, esse lugar é a política. Quem já atravessou esse campo de batalha sabe. 

Provocada por esta colunista, Jade respondeu a cinco questões objetivas. 

Um erro imperdoável numa crise?

“O pior erro é fingir que a crise não existe e esperar que ela acabe sozinha.”

Qual crise ainda te tira o sono?

“Todas. Se existe uma crise, é porque a prevenção falhou.”

O que elimina um profissional de crise?

“Dedo nervoso. A ansiedade é a grande inimiga do gerenciamento.”

A crise estourou. O que fazer antes de todo mundo surtar?

“Primeiro: não fazer nada — parece bobo, mas é o mais importante.

Segundo: analisar a crise.

Terceiro: antecipar as consequências.

Só então agir. Muitas vezes, esses três primeiros passos acontecem em minutos.”

O conselho que você sempre dá, mas raramente é ouvido?

“Jamais agir sem analisar todos os cenários — e “todos” são “todos” mesmo, não apenas os mais prováveis.”

As respostas de Jade têm um ponto em comum: crise não combina com improviso. O que ela traduz em frases curtas, eu costumo repetir em palestras e consultorias – gerenciar uma crise exige método. Quem resiste à tentação de negar, apressar ou simplificar demais já tem meio caminho andado. 

E já que falamos em método e disciplina, deixo aqui o convite: no dia 25 de setembro, no Instituto Perillo, em Florianópolis, estarei junto com a própria Jade Martins ministrando o curso “Apagando Incêndios: Como proteger sua reputação e gerenciar crises de imagem”. Uma imersão prática no mundo maravilhoso dos perrengues. São apenas 20 vagas.

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Nos vemos lá?