A Associação Empresarial de Joinville continua sua batalha por melhorias na infraestrutura e mobilidade urbana na cidade. Esta é a prioridade número um. A seguir, leia a síntese de entrevista concedida pela presidente da entidade empresarial, Maria Regina Loyola Rodrigues Alves, a Margi.
Qual sua percepção depois de quase dois anos no comando da ACIJ?
É uma experiência bem interessante e de muito aprendizado. Acho que trouxe uma visão feminina para a ACIJ. A entidade é gigante. O que movimenta a ACIJ são seus núcleos. Eu tenho um jeito de ouvir e respeito.
A entidade tem prioridades bem claras referentes a infraestrutura, por exemplo.
Sim, temos bandeiras bem conhecidas. Todos os grandes pleitos e feitos da cidade passam pelas mãos da ACIJ.
A questão da saúde, por exemplo?
A ACIJ teve papel relevante no combate à COVID. Se organizou, empresas produziram itens, compramos respiradores.
Agora, a dengue, que aumenta número de casos dia-a-dia.
Estamos alinhados e fazendo intenso trabalho de divulgação para que cada um cuide dos seus espaços. O momento é de prevenir. Até porque não temos vacinas.
O grande problema de Joinville continua sendo a infraestrutura e mobilidade. Assunto antigo.
Sim. Priorizamos parceria e alinhamento com a prefeitura pela cobrança de obras de melhoria. A grande prioridade é pela duplicação da rua Dona Francisca no trecho urbano, que tem quase cinco quilômetros de extensão. Que vai dar proximidades da Dohler até o Perini Business Park.
O projeto executivo está aprovado. Agora é hora de buscar os recursos.
O governador Jorginho Mello (PL) vem aí nesta segunda feira, dia 4.
Sim. O governador Jorginho Mello estará na ACIJ nesta segunda-feira. Ele e o prefeito Adriano Silva (Novo). Estamos num momento de relação excelente, tanto com o Executivo, como com o Legislativo municipais. Os vereadores nos ouvem. Nosso interesse é sempre criar um ambiente mais favorável para as empresas.
A BR-101 está estrangulada no trecho norte.
Ainda na segunda-feira falamos com a Arteris. A empresa protocolou pedido junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Anatel, para autorizar obras. Precisamos de obras emergenciais no trecho entre Garuva e Barra Velha. Uma terceira faixa…
Outro gargalo de infraestrutura está na demora de duplicação da BR 280.
Pelo que ouvimos, os trabalhos podem recomeçar no segundo semestre no lote 1.
Vivemos aqui em Joinville e no Estado, o pleno emprego. Aí, o pessoal do Norte e Nordeste vem pra cá. O problema não é exatamente a falta de mão-de-obra. O problema maior está na retenção dessa mão-de-obra. Especialmente no chão de fábrica. E é necessário capacitar os trabalhadores, elevar a produtividade. Infraestrutura e produtividade ruins são os principais problemas brasileiros. Os jovens não querem mais trabalhar no chão de fábrica. A indústria deixou de ser atrativa?
Os jovens precisam enxergar oportunidades de carreira na indústria. A FIESC está fazendo campanha nesse sentido. As indústrias estão investindo muito em tecnologia, em robotização. A sofisticação das máquinas exige gente mais preparada porque os equipamentos são eletrônicos, digitais.