Área entre Florianópolis e São José volta a ser “terra de ninguém” e lixão a céu aberto

Entorno do viaduto volta a ter lixo a céu aberto

Menos de um ano depois da instauração de um inquérito civil pelo Ministério Público, que motivou uma força-tarefa das prefeituras de Florianópolis, São José e outros órgãos, a área conhecida como “faixa de gaza” voltou a ser ocupada por moradores em situação de rua e lixo a céu aberto. As fotos feitas na área mostram entulhos despejados às margens da via e pessoas “morando” embaixo do viaduto.

Em março de 2024, o então titular da 30a Promotoria de Justiça da Capital, Daniel Paladino, cobrou providências dos municípios e órgãos estaduais e federais para que a situação caótica do local fosse revertida. O assunto foi divulgado em primeira mão pela coluna.

Naquele momento, ele classificou o quadro como “insustentável”, com muitos moradores em situação de rua, uso de drogas e lixo acumulado – gerando insegurança pública e risco à saúde pública. Em função disso, uma forte operação foi deflagrada, com a participação também das equipes de saúde, forças de segurança e do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Mesmo com esse esforço ao longo do ano passado, 2025 começa com um cenário de abandono no local, que exige novas intervenções das autoridades.

Recentemente promovido a procurador de Justiça, Paladino coordenava na época a Força Tarefa DOA – Defesa , Orientação e Apoio a Pessoas em situação de rua, que fazia abordagens nas ruas, buscava reinserção dessa população ao mercado de trabalho e tinha o objetivo de articular redes de políticas públicas e de apoio social. Grupo que, aliás, está fazendo falta quando as pautas são moradores em situação de rua e espaços urbanos negligenciados.

Moradores em situação de rua dormem na estrutura do viaduto

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