
Dentro da programação que celebra os 50 anos da Associação Catarinense dos Artistas Plásticos (Acap), abre nesta quarta-feira (6), às 19h, a coletiva “Hassis [o circo como palco da relação entre arte, ironia e política]”.
Na exposição, montada na casa construída pelo artista e que abriga hoje a Fundação Hassis, em Itaguaçu, 23 associados ressignificam a instigante e provocativa obra “O Circo”, de 1972, em que Hassis explora o universo de fantasias em pleno regime militar. Ele voltou a expor a criação também em 1984 e 1988, na tradicional sede da associação, que por décadas ocupou espaço no Casarão da Alfândega.
Meg Tomio Roussenq e Anna Moraes assinam a curadoria da exposição, que reúne obras de Andrea V Zanella, Audrey Laus, David Ronce, Dulce Penna, Eliane Veiga, Gabriela Luft, Gavina, Gelsyr Ruiz, Isolete Dozol, Janete Machado, Larissa Arpana, Lilia Agnes, Lisete Assen, Luah Jassi, Maria Esmênia, Marilene de Orleans Casagrande, Marlene Eberhardt Prado, Miriam Porto, Onildo Borba, Ricardo do Rosário, Roberta Viotti, Rodrigo Gonçalves e Silvia da Ros.
A exposição fica aberta até 30 de agosto e, segundo a curadoria, articula passado e presente em três eixos: a arte como arena política, o circo além do picadeiro, e máscaras e espelhos. A escolha pelo espaço cultural que abriga o acervo de Hassis para “O Circo” honra a memória do multiartista. Em mais de 60 anos de carreira, ele documentou o cotidiano da capital em desenhos, pinturas, esculturas, murais, e deixou sua impressão nos mosaicos que ornam pisos de praças e monumentos históricos de Florianópolis.
A exposição também ocorre dias depois de a Fundação Hassis dar início às comemorações do centenário de nascimento de Hassis, previstas para julho de 2026.
O presidente, Gelsyr Ruiz, diz que sente “muito orgulho” em estar no comando da Acap nesta data especial, e destaca que a associação ultrapassa décadas mantendo-se sempre atualizada e congregando a classe artística.