Bancada do Oeste cobra investimentos do governo do Estado em internet rural

A última reunião do ano da Bancada do Oeste foi marcada por uma pauta antiga na Assembleia Legislativa: a falta de investimentos em internet rural.O assunto foi trazido pela coordenadora da bancada, Luciane Carminatti (PT), que considera o tema de urgência. O encontro foi realizado nesta terça-feira, 10, com a presença de quatro secretários de Estado.

“Há pelo menos cinco anos discutimos esse tema aqui no parlamento e ganhou força com a Bancada do Oeste. Temos cobrado muito, mas até agora o governo do Estado ainda não apresentou uma medida efetiva para resolver esse problema que afeta muito os produtores rurais, especialmente agora que precisam emitir nota fiscal eletrônica”, defende Luciane.

Participaram da reunião o Secretário da Fazenda, Cleverson Siewert; o secretário de Planejamento, Edgar Usuy; o secretário da Casa Civil, Marcelo Mendes; e o secretário de Ciência e Tecnologia, Marcelo Fett.

Usuy apresentou aos deputados uma proposta de expansão com a implantação de antenas perto das rodovias, o que garantiria sinal nas estradas. Um dos principais problemas no Estado é a falta de sinal de telefonia ao sair do Litoral.

A deputada Luciane questionou a viabilidade de execução desse projeto. “Pode levar 20 anos até ser concluído. Precisamos de internet agora no campo e de uma solução imediata”, destaca a parlamentar.

Os deputados entraram em consenso e propuseram uma solução de curto prazo. Atualmente as empresas de internet não podem usar os postes da Celesc sem pagar. Inclusive, isso já gerou multas no interior. A proposta é isentar de pagamento para uso dos postes no campo e cancelar as multas. Haveria assim um incentivo para expansão do cabeamento.

Foi proposto ainda, na reunião, que o governo do Estado apresentasse um projeto mais completo para expansão da internet rural em fevereiro de 2025.

Solução parcial para problema com novo sistema da Celesc

Representantes da Celesc também participaram da reunião da Bancada do Oeste e apresentaram as soluções para um problema que atinge todo o Estado: a falta de creditação da energia gerada por moradores, empresas e cooperativas.

Funciona assim: quem tem um painel solar ou outra forma de geração de energia, coloca o excedente na rede e depois recebe desconto nas faturas. Desde de maio, quando o sistema da Celesc foi alterado, que as faturas estão sendo cobradas integralmente, causando um rombo milionário para alguns geradores e consumidores de energia.

A Celesc quitou entre 80 e 90% dessa dívida no começo de dezembro e pretende finalizar até o final do mês. Isso só para as cooperativas. Ainda falta resolver o problema das empresas e dos usos residenciais.

A deputada Luciane questionou se o problema no sistema já foi corrigido, mas recebeu resposta negativa. “Então nos próximos meses esse problema vai se repetir? A Celesc precisa arrumar logo isso para não gerar mais transtornos aos usuários”, afirma a parlamentar.

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