O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul (BRDE) vai criar programa de apoio a micro e pequenas empresas, o Pronampe. O lançamento será feito já no mês de março, diz o diretor de recuperação de crédito, Mauro Mariani. A linha de crédito vai oferecer R$ 1,5 bilhão, no total, ao longo de três anos. O prazo para pagamento dos empréstimos será de 36 meses com carência de seis meses.
Viana conta que a iniciativa também quer estimular os pequenos exportadores, de modo que consigam se internacionalizar mais facilmente.
Todo o crédito concedido pelo banco de fomento está lastreado em garantias reais dos clientes. Essa circunstância explica, em boa medida, a baixíssima inadimplencia.
– Nosso objetivo é que o empreendedor cresça para desenvolver os três Estados da região Sul – explica.
O BRDE tem R$ 21 bilhões em ativos e R$ 7,8 bilhões em creditos- maior parte direcionada para o agronegócio. Só em Santa Catarina, o banco emprestou R$ 1,9 bilhão a companhias de variados setores. O valor é 70 por cento maior do que o ofertado no ano anterior. Nos três Estados da região Sul, o BRDE financiou negócios no valor de R$ 5 bilhões.
– O empreendedorismo em Santa Catarina, no Paraná e no Rio Grande do Sul é enorme, há muitas oportunidades. Se tivéssemos mais recursos disponíveis, poderíamos passar dos R$ 10 bilhões em financiamento, tamanho é o apetite dos empresários – analisa o diretor.
O BRDE é o principal agente de financiamento do FINEP.
Mas nem só de emprestar dinheiro para a agroindústria vive o banco. Há diversidade na busca e na concessão de créditos. Indústrias dos mais variados Ramos, setor do turismo são apenas alguns exemplos. Nos últimos anos a instituição financeira também obteve recursos de organismos internacionais, como o CAF, Banco Mundial e BID. Vinte e dois por cento das operações do BRDE são lastreadas com dinheiro captado no exterior.
O diretor Mauro Mariani também destaca a importância da extensão da capilaridade do trabalho do banco.
– Temos que democratizar o acesso ao crédito e oportunizar recursos para pequenas e médias empresas. No ano passado colocamos R$ 140 milhões em 1083 empresas. Isso foi possível porque contamos com o apoio fundamental de cooperativas de crédito, como Sicredi e Sicoob.