A Câmara de Vereadores de Joinville (CVJ) rejeitou, na sessão ordinária desta segunda-feira (7), proposta de moção de aplauso de autoria do vereador Kiko da Luz (PSD) para o desembargador João Marcos Buch, que tem reconhecido trabalho em prol dos direitos humanos e defesa da ressocialização de apenados no sistema prisional.
Este notório trabalho tornou o juiz com ampla trajetória em Joinville um alvo da extrema-direita e da direita local. Há um mês, no dia 7 de março, Buch tomou posse como desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Antes da votação e para responder a ataques de vereadores extremistas, a vereadora Vanessa da Rosa (PT) parabenizou o colega parlamentar que propôs a moção e defendeu a aprovação da moção.
“João Marcos Buch é um grande homem, é um grande juiz, é um grande desembargador. Muito nos orgulha pelo seu trabalho. Pela forma como ele acredita no ser humano. Pela forma como ele vê o sistema prisional e, sim, com a possibilidade de ressocialização. Todos têm o direito à ressocialização. Então muito nos orgulha termos um juiz do gabarito de João Marcos Buch como desembargador em Santa Catarina e fazendo um trabalho belíssimo que muito nos orgulha”, disse a vereadora na tribuna.
Votaram contra a moção de aplauso Cleiton Profeta (PL), Érico Vinicius (Novo) e Neto Petters (Novo). Abstiveram-se Henrique Deckmann (MDB), Mateus Batista (União) e Vanessa Falk (Novo). Deram o voto a favor da moção Vanessa da Rosa (PT), Tânia Larson (União), Liliane da Frada (Podemos) e Kiko da Luz (PSD). Os outros vereadores, à exceção do presidente Diego Machado (PSD), que não vota, não estavam presentes no plenário.
Natural de Porto União, João Marcos Buch formou-se bacharel em Direito pela Universidade Regional de Blumenau (Furb) em 1992. Entrou na carreira da magistratura em julho de 1994 e atuou como juiz substituto nas comarcas de Florianópolis, Santa Cecília, Rio Negrinho, Joinville, Imbituba e São Francisco do Sul. Atuou como juiz titular nas comarcas de Quilombo, Canoinhas e Joinville. Atuou como juiz auxiliar em inspeções no sistema prisional pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em 2023, foi promovido a juiz de direito de 2º grau.
