Nosso colunista Cláudio Loetz não é candidato, mas também está em campanha. Nesta semana, publicamos as ideias dos candidatos a prefeito de Joinville sobre a criação de parques públicos de lazer no município. As perguntas são as mesmas para os cinco candidatos. A entrevista de hoje é com Carlito Merss (PT).
Por que, na avaliação do candidato, não há parques públicos, dignos do nome, com adequada área de lazer e gastronomia, em Joinville?
Carlito Merss – Porque falta absoluta vontade política. Quando eu banquei o Parque da Cidade, (nota do colunista: não é um parque no sentido do que temos em Curitiba, por exemplo) uma obra que em sua dimensão e proposta parece única no município – disse que no segundo mandato teríamos condições para, no mínimo, mais dois grandes parques. Isso, sem contar os parques menores, parques lineares e passeios públicos. Infelizmente, os governos que me sucederam não demonstraram essa preocupação.
Qual é a importância que este assunto merece no seu programa de governo?
Carlito – É de uma importância enorme. Esse tema se espalha por três tópicos: drenagem urbana, saneamento e parques.
Onde seriam implantados os parques?
Carlito – Implementar e manter parques públicos é bandeira nossa e será a marca de nossa futura gestão, a partir de 2025. Em relação a locais: no Aventureiro, na Vila Nova, no Comasa.
Há espaços pertencentes ao município, onde estes parques poderiam ser implantados?
Carlito – São poucos. Penso que o papel de quem está no governo é vasculhar esses locais. A região da Vila Nova tem enorme potencial para receber um parque ecológico voltado ao turismo.
A prefeitura, num eventual mandato seu, vai desapropriar áreas privadas para criar parques?
Carlito: Sempre que possível, sim. Temos, em Joinville, grandes empresários bem sucedidos, e que querem devolver para a cidade um pouco do que ganharam. Nestes casos, é possível negociar até mesmo para que estes proprietários cedam o terreno para o poder público para a instalação de parques.
Nós precisaremos desapropriar muito pouco. Desde que viável, e que a população joinvilense seja beneficiada, avaliarmos a questão com responsabilidade.
Isto pode ser feito por meio de comodato?
Carlito: Sim, é possível. Existem várias formas de compor uma negociação como essa. Nós fizemos PPPs que variaram de 20 a 30 anos. Esse tipo de acordo depende da relevância e do interesse para a cidade.
Qual é o tamanho mínimo para estes parques cumprirem seus papel social e atender a população?
Carlito – Não acredito haver tamanho mínimo ou máximo. A pergunta se refere a parques no sentido tradicional. Mas temos, também, a proposta de ampliar a oferta de praças de lazer, de modo que as pessoas possam acessar num raio de um quilômetro. Exemplos são as academias da melhor idade.
Quais equipamentos e serviços estes espaços devem ter?
Carlito – A resposta está dada na questão anterior. O mais importante é que as pessoas sintam prazer em frequentar os espaços públicos.
Os parques poderiam ser criados mediante PPPs ou outro formato?
Carlito – Claro. Há muitos espaços de lazer e esporte pertencentes a empresas. Veja o quanto a população aproveita as áreas das recreativas da Embraco, da Tupy.
Arte em destaque: Galvão Bertazzi.