
Uma possível chapa do PL para disputar o Senado em 2026, por Santa Catarina, teve encontro registrado na terça-feira, 8. Carlos Bolsonaro (PL-RJ) visitou a deputada federal Carol de Toni (PL-SC) na Casa da Liberdade, em Brasília.
Depois que foi indicado pelo pai para disputar uma vaga ao Senado por aqui, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) busca criar laços de proximidade com o estado. Porém, por mais que tente, atualmente são praticamente inexistentes.
Após o encontro com Carol de Toni, Carlos publicou uma foto com a deputada em sua rede social afirmando que está pronto “para continuar o combate”, fazendo alusão ao legado do pai.
A possibilidade de candidatura do vereador carioca em Santa Catarina faz parte da estratégia de Jair Bolsonaro na tentativa de eleger um número expressivo de senadores no próximo ano.
Ao todo, 54 das 81 cadeiras do Senado estarão em disputa. Bolsonaro quer a maioria delas para ter controle sobre a Casa, mirando no Supremo Tribunal Federal (STF).
A estratégia pode ter alguma lógica para as intenções políticas do líder da direita, que sonha em pautar o impeachment de ministros do STF. O fato é que, em Santa Catarina, faltou combinar com os aliados e, principalmente, com o eleitor.
A possibilidade de ter um filho de Bolsonaro concorrendo por Santa Catarina, em um dos estados considerados entre os mais bolsonaristas do país, não é sinônimo de aprovação popular.
O grupo ND encomendou e divulgou ontem uma pesquisa de opinião, realizada pela empresa Neokemp, entre os dias 3 e 4 de julho, na qual 71% dos entrevistados concordam que a candidatura de pessoas “de fora”, como Carlos Bolsonaro, é um “desrespeito” com a população de Santa Catarina.
A tentativa de Carlos Bolsonaro de criar vínculos com Santa Catarina deve ser fortalecida nos próximos meses. O estado que elegeu na última eleição o senador Jorge Seif (PL), um empresário e político também do Rio de Janeiro, terá desta vez a oportunidade de olhar com mais atenção para àqueles que de fato têm raízes e conexões por aqui. Esperidião Amin (Progressistas) e Júlia Zanatta (PL) que o digam.