Carlos Humberto (PL) diz que a representação não se modificou, apenas um aumento geral para os estados que perderam população

O deputado estadual utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão plenária desta quinta-feira (26), para manifestar sua contrariedade à decisão tomada pelo Senado nesta semana, que aprovou o Projeto de Lei Complementar 177/2023, ampliando de 513 para 531 o número de deputados federais a partir das eleições de 2026.
Conforme Carlos Humberto (PL), a ação deve gerar um custo adicional de R$ 64 milhões por ano aos contribuintes, acarretando também uma imagem negativa aos legislativos estaduais e municipais. O parlamentar comparou os congressistas a “cachorros esfomeados correndo atrás do osso”, tudo para manter a cadeira quente e acolchoada no parlamento.
O projeto, aprovado no Senado, surgiu após um alerta emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2023, para que a Câmara promovesse uma redistribuição das vagas de deputados por estado, com base na população de cada um. Essa atualização não é feita desde 1994, quando foi considerado o censo populacional de 1985.
Os parlamentares federais, entretanto, optaram por ampliar o número de vagas, em vez de redistribuir as já existentes.
“Infelizmente, isso vai reverberar em todos nós, que nada tivemos a ver com isso, porque não somos parlamentares federais. Mas cabe aqui o registro da nossa indignação com o que está acontecendo em Brasílial”, desabafou.