Carol de Toni cede cargo de líder para Eduardo Bolsonaro, em manobra contra perda de mandato

A oposição na Câmara dos Deputados articulou uma manobra para tentar salvar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada de primeira ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cedeu o cargo de líder da Minoria para Eduardo, que já ocupou a função em 2023. A informação foi divulgada pelo portal Uol e confirmada pelo upiara.net.

Líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Caroline de Toni (PL) cedeu o cargo para o deputado federal Eduardo Bolsonaro
Gesto de Carol de Toni pode beneficiar Eduardo Bolsonaro. Foto: Marina Ramos, Câmara dos Deputados.

A estratégia da oposição é uma tentativa de garantir a permanência de Eduardo Bolsonaro no Congresso Nacional, em meio a pressões pela perda de seu mandato. A nomeação como líder da Minoria é vista como uma solução para evitar a cassação por excesso de faltas, enquanto o deputado permanece fora do país.

Eduardo Bolsonaro chegou a formalizar um pedido de autorização para exercer o mandato remotamente, mas o documento segue sem resposta do presidente da Câmara, Hugo Motta.

“Fizemos um gesto por Eduardo Bolsonaro”, diz Carol de Toni

O filho do ex-presidente não registra presença nas sessões desde julho, quando terminou sua licença, e 120 ausências levam à perda do cargo. A contagem acontece no começo de cada ano legislativo. Com isso, o filho de Jair Bolsonaro pode deixar de ser parlamentar a partir de 2026.

Nos Estados Unidos, ele atua junto ao governo Donald Trump por sanções contra o Brasil por causa do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que acabou condenando Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por liderar a chamada trama golpista.

– Nós fizemos este gesto por ele [Eduardo] por entender que ele está fazendo um gesto por nós – disse Carol de Toni ao portal UOL.

A oposição entende que líderes podem marcar presença em qualquer lugar do mundo. A interpretação está baseada em exceções abertas em 2015, quando Eduardo Cunha era presidente da Câmara.

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