A Líder da Minoria, deputada federal Caroline De Toni (PL/SC), iniciou a coleta de assinaturas na Câmara dos Deputados para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), destinada a apurar irregularidades financeiras na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O requerimento precisa contar com a adesão de 171 deputados para ser protocolado na Mesa Diretora.

Com mais de 360 anos de história, a ECT enfrenta uma grave crise financeira, encerrando 2024 com prejuízo recorde de R$ 2,6 bilhões — valor mais de quatro vezes superior ao registrado em 2023. Nos primeiros meses de 2025, o rombo já ultrapassa R$ 1,7 bilhão. Diante dessa situação, a gestão atual busca soluções como a entrada no modelo de marketplace, a venda de imóveis e a obtenção de empréstimos de R$ 20 bilhões garantidos pelo Tesouro, o que transferiria o risco ao contribuinte.
“O Brasil precisa de responsabilidade fiscal e respeito ao pagador de impostos, não de resgates bilionários a estatais falidas. Nossa luta é por um Estado mais leve, eficiente e que sirva às pessoas, não aos interesses do poder”, afirma Caroline de Toni.
Além dos Correios, outras estatais do governo Lula também apresentam déficits bilionários recorrentes, evidenciando no mínimo um padrão de má gestão e ineficiência administrativa. Empresas como Petrobras, Eletrobrás e Caixa Econômica Federal registram resultados negativos que comprometem o orçamento público e aumentam a dependência de socorros financeiros do Tesouro, ou seja, do dinheiro do contribuinte. Essa situação reforça a urgência de mecanismos de fiscalização mais rigorosos, como a CPI dos Correios.
Para reforçar o combate à irresponsabilidade fiscal, a parlamentar também solicitou celeridade na tramitação do PL 2701/2025, que estabelece critérios técnicos e econômicos para a celebração de contratos de patrocínio por empresas estatais, prevenindo desvios de finalidade no uso de recursos públicos. O projeto, de autoria de Caroline de Toni, foi protocolado em junho, e agora a deputada busca acelerar sua apreciação diante da gravidade do tema.